Filosofia africana, racismo epistêmico e o ensino de Filosofia | Entrevista com Renato Noguera

Qual é a origem da filosofia? Para Renato Noguera, a hipótese do surgimento grego não é a única possibilidade. Existem, ao menos, duas outras: a de uma origem plural (surgido em vários lugares) e a de uma origem africana. Trabalhando há anos com evidências a esse respeito, Noguera desenvolve o conceito de "racismo epistêmico", problematizando a subvalorizaç...

Coleção Gestão Escolar e Relações Étnico-Raciais

e Relações Étnico-Raciais coloca a gestão escolar como peça central no enfrentamento às desigualdades e na elaboração de estratégias de ações afirmativas contínuas para a melhoria de aprendizagem do jovem negro e negra, provocando a discussão e a produção de conhecimento/reflexão com os objetivos de evidenciar: i) práticas de gestão que compreendam as questões étnico

Juventudes e Participação: escola precisa conhecer as expectativas dos estudantes

de juventude, enfatizando suas especificidades na contemporaneidade. Também ressalta que, para melhor compreender os jovens e suas trajetórias escolares, é preciso atentar para a intersecção entre as desigualdades e as diversidades. Em sua aula, Regina Novaes destaca o peso da desigualdade étnico-racial quando analisa os dados do Atlas da Violência e a maior taxa

Currículo, desigualdades e diversidades no Ensino Médio

, ao desconsiderar um elemento central que atravessa diretamente a vida e o perfil social de, ao menos, metade dos alunos, isto é, do público alvo da pesquisa ou da política pública, as mesmas estão fadadas ao insucesso. As realidades demográficas e históricas do país, por conseguinte, não permitem que as questões étnico-raciais se transformem em apêndices em ou sejam apenas

Planejamento escolar

de diversas temáticas nas disciplinas do currículo escolar; e o comprometimento com o respeito à diversidade dos estudantes - seus pertencimentos sociais, étnico-raciais, de gênero e orientação sexual e a perspectiva da inclusão -, enfrentando os preconceitos e as hostilidades no ambiente escolar, fortalecendo uma cultura de altas expectativas e a equidade na escola

Teias

O periódico Teias tem como escopo a publicação de trabalhos científicos/acadêmicos originais, o incentivo à pesquisa e ao debate da área da Educação, centrados nas relações com a sociedade. Publica artigos inéditos de autores/as brasileiros/as ou estrangeiros/as. Esta edição conta com o eixo temático Raça e Cultura.

Pesquisadoras da educação básica: germinando ações e saberes nas escolas públicas periféricas

produção textual sob a ótica do "paradigma da potência" e com foco racial e/ou de gênero. São compartilhadas práticas educativas, recursos pedagógicos e metodologias abrangendo a educação infantil, o ensino fundamental, o ensino médio e a educação de jovens e adultos, reconhecendo as relações étnico-raciais na escola e sua influência no clima escolar, no currículo

A Pensadora Negra em Educação Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva: Memórias e Reflexões

O presente texto retoma questões relevantes sobre o pensamento negro em educação no Brasil. Por meio desta entrevista aprofundamos como 23 anos depois da publicação do livro que inaugurou os debates a esse respeito, as questões sobre o pensamento negro brasileiro coerentemente reverberam, desafiam e interpelam a Educação das Relações Étnico-Raciais

Biologia celular, educação antirracista e currículo decolonial: experiências didáticas inovadoras na formação inicial no curso de Ciências Biológicas

O artigo apresenta experiências didáticas realizadas na formação inicial – primeiro semestre – com discentes do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraíba, de modo a cumprir orientações da Lei de Diretrizes e Bases (1996) e da Lei n° 10.639/2003. Utilizou-se a metodologia de apresentação de painel, com o propósito de aplicar de forma in...

Cinco pontos sobre diversidade na produção científica

Ciência ensinada nas escolas e universidades brasileiras é pouco diversa. Inclusão de outros grupos sociais na produção de conhecimento pode trazer inovação

Da escola ao mercado de trabalho: desvendando as engrenagens das desigualdades raciais

Artigo discute as persistentes desigualdades raciais no Brasil, estando intimamente ligadas à estratificação social observada no país. Brasileiros e brasileiras autodeclarados brancos, quando comparados àqueles que se consideram pretos ou pardos obtêm melhor remuneração por suas horas de trabalho, são mais escolarizados, têm melhores condições de moradia

Por um clima escolar racializado

Artigo sugere que expectativas e interações dentro das escolas têm relação com resultados educacionais de crianças e adolescentes negros. É fundamental melhorar esse quadro a partir de uma perspectiva antirracista. O autor propõe um clima escolar racializado, que nos permita orientar o trabalho pedagógico e acrescentar um olhar racial sobre os processos

Jovens negras periféricas: afloradas interseccionalidades de raça e gênero

Este artigo busca refletir sobre a interseccionalidade de raça e gênero, de modo a promover a articulação dessas categorias com o contexto socioeconômico e do mundo do trabalho e, assim, desvelar o racismo estrutural e institucional. São interseccionalidades afloradas porque tensionam a realidade de jovens negras trabalhadoras, protagonistas de suas experiê...

“Eu escrevo o quê, professor (a)?”: notas sobre os sentidos da classificação racial (auto e hetero) em políticas de ações afirmativas

O artigo tem por objetivo problematizar como a regulamentação das cotas raciais tem se revelado uma tecnologia social fundada na suspeição sistemática, gerando insegurança jurídica nas avaliações e ressurgimento de critérios fenotípicos, podendo resultar em um não-lugar para negros de pele clara. As análises baseiam-se nos procedimentos da Universidade

Sankofa, políticas públicas e interseccionalidade: um estudo sobre Matilde Ribeiro, uma mulher negra na gestão da SEPPIR (2003 A 2008)

Esta pesquisa tem por objetivo analisar, numa abordagem interseccional de raça e gênero em espaços de gestão, em que medida as experiências de uma mulher negra - Matilde Ribeiro - em cargo de gestão na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR/PR, singularizam a ação pública em atendimento à pauta negra, no que se refere às políticas

Juventude negra, Ensino Médio e democracia: a luta pela escola

Neste artigo, busca-se evidenciar como a presença da cultura negra no currículo escolar de uma instituição de Ensino Médio, junto a outras políticas de valorização e reconhecimento dessa cultura, podem ter contribuído para a articulação dessas jovens na decisão sobre o movimento de ocupação ocorrido no final de 2015. Os resultados mostram que, apesar das di...

Debatendo o racismo durante a formação inicial de professores: Um caso entre estudantes de Química

Este artigo discute alguns aspectos dos problemas sociais originados do racismo, por meio de uma atividade dialógica realizada entre alunos de um curso de formação de professores de Química. Embora as atividades isoladas não sejam suficientes para desenvolver consistentemente as crenças e atitudes dos professores contra o racismo, os resultados sugerem que ...

Conhecimentos tradicionais e o ensino de Ciências na Educação Escolar Quilombola: um estudo etnobiológico

Este artigo tem por objetivo identificar, com base na etnobiologia, como estudantes de uma escola pública e quilombola localizada no Município de Goiana/PE, conhecem e representam a biodiversidade de sua comunidade, e descrever como esses conhecimentos ajudam no ensino de Ciências, por meio do diálogo intercultural. Os resultados indicam que os estudantes d...

Ensinar a transgredir de bell hooks

A resenha comenta o livro Ensinar a transgredir, de Bell Hooks, escrito em 1994 e lançado no Brasil em 2013. Na obra, reconhece-se a prosadora de escrita cristalina, a analista aguda das representações culturais e artísticas do ponto de vista racial e a pensadora e ativista do feminismo negro estadunidense. Nos 14 ensaios que compõem esta coletânea

Um a cada cinco negros que moram em zona rural ainda é analfabeto

acesso aos bens duráveis do que os brancos. Em 2018, 44,8% da população preta ou parda residia em domicílios sem máquina de lavar roupa, o dobro da fatia da população branca nessa mesma condição (21%). População negra ou parda em desvantagem; origem histórica Para os pesquisadores do IBGE, as desigualdades étnico-raciais têm origens históricas e são persistentes