Metas de aprendizagem para alunos

Resumo da solução

Melhorar a aprendizagem é uma preocupação constante na escola Monsenhor Waldir Lopes de Castro, no município de Marco (CE). Daí surgiu a ideia de pactuar metas com os estudantes, de modo a motivar os jovens e a despertar o sentimento de corresponsabilidade. Cada turma foi apadrinhada por um gestor e participou da definição das metas, guardadas em uma cápsula do tempo a ser aberta ao final do ano letivo. Alunos com melhores notas passaram a auxiliar os colegas, enquanto professores deram aulas de reforço nos intervalos. A prática teve impacto positivo e o índice de aprovação aumentou.

Depoimento completo:

Sempre que analisamos os resultados internos e externos da escola, buscamos novas metodologias para melhoria de aprendizagem, sem que o foco fique restrito ao aumento das notas dos estudantes. Procuramos um trabalho que tenha entre seus impactos a motivação e o sentimento
de corresponsabilidade entre os estudantes em relação ao desempenho geral da escola. Após participar de um seminário, nossa gestora apresentou a ideia de incrementar o trabalho de apadrinhamento de turmas, com uma abordagem diferente, baseado na pactuação de metas periódicas gerais, por sala e por estudante.
A motivação surgiu com a participação dos estudantes no próprio desenvolvimento da prática. Primeiro os gestores e professores elaboraram um diagnóstico do desempenho por turma e o núcleo estabeleceu uma nota para cada uma. Depois, foram designados quatro membros da gestão para o apadrinhamento das 12 turmas da escola, ficando cada um com a responsabilidade de definir, junto com os professores e as respectivas turmas, as metas a serem atingidas.
Realizamos, então, as oficinas, com análise dos últimos resultados obtidos pela turma, a classificação da escola e a apresentação de meta por turma. Em seguida, entramos na etapa dos brainstorms e da pactuação individual de metas, quando o estudante manifesta onde deseja chegar, em termos de resultados, até o fim do ano. As respostas foram colocadas em uma cápsula do tempo para serem abertas no fim do ano letivo. Completou-se, assim, o rito de pactuação com cada um dos estudantes.
Na sequência, cada turma debate sobre seu comportamento nos estudos e a frequência às aulas com os educadores, momento em que são escolhidos os estudantes que irão ajudar os colegas em determinadas disciplinas. Os professores, por sua vez, oferecem aulas de reforço durante os intervalos, quando necessário.

Nesse encontro, destaca-se a importância da frequência diária e do empenho nos estudos, para que todos contribuam fazendo a sua parte a fim de que a escola obtenha melhores resultados nas avaliações. Por fim, é colocado um painel na sala de aula com a meta estabelecida para o bimestre em aprovação e frequência, em termos percentuais. Após a conclusão de cada bimestre, todos discutem sobre os resultados obtidos, elevando as metas quando atingidas ou replanejando as ações quando o desempenho fica aquém do pretendido.
A prática teve impacto positivo. As metas bimestrais da escola subiram, mais estudantes foram aprovados, reduzindo o número de estudantes em recuperação paralela. Há maior engajamento dos estudantes em relação aos estudos e melhor interação estudante-professor.
Acreditamos que outras escolas têm condições de implementar a ação com facilidade. Recomendamos, principalmente, que seja analisado como a comunidade escolar se sente durante o desenvolvimento e quais as expectativas de cada grupo de turmas envolvido no trabalho.

Depoimento por: Rlana Dívia Balduíno do Nascimento (gestora) e Manoel de Freitas Sena (coordenador escolar)
Instituição: Escola Monsenhor Waldir Lopes de Castro )