Na historiografia da violência, os registros de ataques às escolas eram episódios fortuitos. Contudo, constata-se um aumento progressivo desse tipo de violência a partir de 2017, resultando em 49 ataques. Pesquisar sobre esses atentados cometidos por jovens requer compreensão das distintas dimensões da violência na escola, incluindo a relação entre o discurso de ódio e a juventude. Esta análise investigou os ataques escolares brasileiros e foi subsidiada pelos preceitos de Peter Gay sobre o cultivo do ódio, da tese de Adriana Dias sobre formação de indivíduos em grupos neonazistas, e pelas reflexões sobre tiroteios escolares de Glenn Muschert e Johanna Sumiala. Observou-se uma miscelânea de discursos de ódio, alinhavados por princípios de misoginia e a cooptação desses jovens por atores antidemocráticos na internet. Ressalta-se a necessidade de políticas públicas eficazes na moderação das redes sociais que violam os direitos humanos.
Ataques em escolas e o discurso de ódio entre jovens: impactos e reflexões
Sobre o documento
- Data de publicação: 2025
- Autor(es): Nunes, Marcela de Oliveira
- Local de publicação: Paraná
- Instituição(ões) relacionada(s): Universidade Estadual de Maringá (UEM) (Autora) | Universidade de São Paulo – Faculdade de Educação (Autora)
- Identificadores: ISSN 2179-8427
- Fonte: Abre em uma nova guia http://lattes.cnpq.br/8492962509370080
- Suporte: Texto
- Tipologia: Artigo
- Tamanho: 24 páginas
- Edição: Volume 15; Número 2 (Revistas Imagens da Educação)
- Tipo Licença: CCBY - Atribuição