Escuta ativa e planejamento coletivo antes de agir
Resumo da solução
Ouvir antes de agir foi a chave da mudança na E. E. E. F. M. Arariboia (Pancas-ES). Foram feitas inicialmente reuniões entre a superintendência, a direção, a equipe pedagógica e o corpo docente. Criou-se um planejamento coletivo até que se chegasse a um projeto capaz de conectar as disciplinas e que os descritores com menor índice de acertos fossem trabalhados em sala de aula. Em paralelo, os estudantes foram trazidos para o foco da ação. Por meio de lideranças estudantis e rodas de conversa, eles foram acionados para propor ideias. Famílias foram também orientadas sobre como poderiam colaborar, e a sociedade em torno da escola (Ministério Público, Conselho Tutelar, Polícia Militar, Secretaria de Educação Municipal, médicos, enfermeiros e líderes religiosos) foi chamada a trabalhar como parceira. Tudo isso levou a uma melhoria da aprendizagem.
Depoimento completo:
Ouvir antes de agir foi a chave para tirar a E. E. E. F. M. Arariboia de uma das últimas colocações nas avaliações do Estado do Espírito Santo. A escola amargava 74,5% de reprovação no primeiro trimestre de 2019, na primeira série do Ensino Médio; 52,9% e 57%, nos 2º e 3º anos do ciclo. Mas como reverter um quadro tão profundo?
A força do coletivo foi fundamental. Foram realizadas reuniões entre a superintendência, a direção, a equipe pedagógica e o corpo docente. Criou-se um planejamento coletivo, até que se chegasse a um projeto capaz de conectar as disciplinas, garantindo que uma pudesse ajudar a outra no processo de ensino-aprendizagem e que os descritores com menor índice de acertos fossem trabalhados em sala de aula.
Em paralelo, os estudantes foram trazidos para o foco da ação. Por meio de lideranças estudantis e rodas de conversa, eles foram acionados para fazer parte da boa prática, propondo ideias que foram acolhidas pela equipe gestora. Para completar, as famílias foram envolvidas, tendo acesso ao desempenho dos jovens, e foram orientadas sobre como poderiam colaborar.
A sociedade em torno da escola também foi impactada. Houve a colaboração, por exemplo, do Ministério Público, do Conselho Tutelar, da Polícia Militar, da Secretaria de Educação Municipal, de médicos e enfermeiros, de líderes religiosos e vários outros atores que trabalharam como parceiros, inclusive na orientação.
Além de trabalhos interdisciplinares, aulas mais participativas e a adequação do conteúdo, a escola promoveu feiras de Ciências e Literatura, debates, “aulões” e palestras, grande parte com recursos que já estavam disponíveis.
O empenho de toda a comunidade escolar em prol do desenvolvimento dos estudantes deu certo. Todas as turmas superaram os 90% de aprovação. Os índices de aprendizagem começaram a melhorar e já há a perspectiva de atingir as metas do Estado. Em 2015, o Idebes da escola era 3,79, caindo em 2016 para 2,58. Em 2018, subiu para 4 pontos e, agora, atingiu 4,31 com a expectativa de melhora.
Para aqueles que pretendem seguir o exemplo da escola, as dicas são estar presente, acompanhar cada etapa do projeto, de maneira que o foco seja mantido, e estar aberto para acolher as demandas de todos os envolvidos.
O grande legado da boa prática reside no aprendizado de que estudantes, professores e toda a comunidade escolar são importantes para garantir uma educação forte e digna. É preciso ouvir e mobilizar todos os agentes, comprometendo-os com o sucesso e o desenvolvimento do estudante, sendo ele também o protagonista e o centro do processo de mudança e crescimento.
Depoimento por: Adriano Marcio Cipreste dos Santos (gestor)
Instituição: E. E. E. F. M. Arariboia )
TEMAS TRABALHADOS:
Desempenho escolar; Avaliação; Gestão participativa; Relação Escola-Família
Para saber mais sobre o tema:
Este depoimento faz parte do Caderno de Boas Práticas em Gestão Escolar do Espírito Santo (2019)
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