Ilustração
Desafio: Como diminuir a infrequência dos alunos?

Aproximação pró-ativa com as famílias e monitoramento de faltas

Resumo da solução

Situada numa área rural, a Escola Carminha Vasconcelos identificou que uma das maiores razões da infrequência que precedia o abandono era o baixo envolvimento dos pais. A equipe gestora dividiu o município em quatro localidades-polos para realizar uma ação itinerante, visitando uma comunidade no terceiro sábado de cada mês. As visitas e reuniões permitiram dialogar com as famílias e escutar quais as dificuldades enfrentadas pelos alunos para ir à escola, buscando o apoio dos pais para estimular os filhos a estudar e discutindo sobre soluções. O projeto envolveu ainda o monitoramento diário da frequência pelos Conselhos de Classe, compartilhada com todos os professores em tempo real com o apoio do Laboratório de Informática; a formação mensal com os Conselhos de Classe com foco na frequência e aprendizagem dos alunos, coordenada pela equipe gestora. Além disso, o projeto inclui visitas domiciliares aos alunos faltosos pela gestão escolar, professores padrinhos e diretores de turmas; e uma avaliação do rendimento bimestral dos alunos na comunidade escolar. O índice de infrequência caiu de 12% para 8% com as ações.  

Detalhamento da solução:

Em nossa escola, identificamos que um dos fatores de maior impacto no problema da infrequência dos estudantes às aulas era o baixo envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos. Compreendendo que a família e a escola são contextos fundamentais para o desenvolvimento humano, podendo contribuir para a promoção de competências socioemocionais e para a motivação dos jovens para os estudos, decidimos realizar um trabalho que envolvesse as famílias de nossos alunos.

Começamos com a elaboração de um mapeamento de todas as localidades em que nossos alunos estão inseridos, diagnosticando que 50% moram na zona rural do município, apresentando os mais variados motivos para faltar às aulas. Mudança de domicílio, viagem ou deslocamentos longos; vulnerabilidade social e problemas familiares eram algumas das razões que estavam distanciando os jovens da escola.

Depois de ouvir depoimentos dos pais sobre as situações que dificultavam a assiduidade dos alunos, tomamos a iniciativa de dividir o município em quatro localidades-polos para realizar uma ação itinerante. Visitando uma comunidade no terceiro sábado de cada mês, com a participação dos pais, alunos, equipe gestora e professor do laboratório de informática.

Para poder executar a prática, contamos com a parceria da Secretaria de Educação do município, que providenciou a logística do transporte escolar, congregando as comunidades circunvizinhas na comunidade-polo e cedeu espaço para realização dos encontros.

As visitas e reuniões nos permitiram dialogar com as famílias e escutar quais as dificuldades enfrentadas pelos alunos para ir à escola em cada polo, buscando o apoio dos pais para estimular os filhos a estudar e discutindo sobre soluções que pudessem melhorar a frequência. Nessas ocasiões, mostramos relatórios das atividades realizadas na escola com uso de multimídias, a fim de conscientizar as famílias sobre a importância do trabalho para a vida e o futuro de seus filhos.

O projeto envolveu ainda o monitoramento diário da frequência de sala de aula pelos Conselhos de Classe, compartilhada com todos os professores em tempo real com o apoio do Laboratório de Informática; a formação mensal com os Conselhos de Classe com foco na frequência e aprendizagem dos alunos, coordenada pela equipe gestora. Além disso, o projeto inclui visitas domiciliares aos alunos faltosos pela gestão escolar, professores padrinhos e diretores de turmas; e uma avaliação do rendimento bimestral dos alunos na comunidade escolar.

Antes de adotar a prática, o índice de infrequência era de 12%, comprometendo o aprendizado e, em consequência, o desempenho e a aprovação dos alunos. Depois da Escola Itinerante, o percentual caiu para 8% e aumentou a participação dos pais nas atividades escolares. Houve um fortalecimento do protagonismo juvenil e a corresponsabilização de todos os atores da comunidade escolar em relação ao problema da infrequência.

Esperamos que essa prática possa contribuir com o atingimento das nossas metas, tanto em relação ao fluxo escolar como nos resultados de proficiência em Língua Portuguesa e Matemática.

Escolas que enfrentam o mesmo problema e queiram implementar prática semelhante devem, em primeiro lugar, verificar quais são as causas da infrequência para intervir de forma eficaz.


Depoimento por: Maria Edna Jovino (gestora) e Manuel Gescivan Carneiro (coordenador escolar)
Instituição: Escola Carminha Vasconcelos)

TEMAS TRABALHADOS:

Relação Família-Escola; Evasão escolar; Infrequência; Busca ativa

Para saber mais sobre o tema:

Esta solução faz parte do Caderno de Boas Práticas em Gestão Escolar do Ceara (2019)

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