A partir do romance O Jovem Törless, de Robert Musil, as autoras realizam uma leitura sobre a construção da adolescência que vive atmosferas sociais totalitárias e, por meio da interlocução entre psicanálise, educação e política, articulam a inquietação do autor ante a ambivalência moral de sua geração, com as propostas educacionais e políticas apresentadas aos jovens deste tempo, em que a noção de formação foi corroída na Modernidade e substituída pela socialização com práticas homogeneizantes e massificadoras. Nesse sentido que as autoras propõem um trabalho de restauração do desejo, forjando uma versão singular do destino do corpo político do sujeito e do social.