Gincana com foco no 1º ano do ensino médio

Resumo da solução

Ao constatar que os alunos do 1º ano do ensino médio apresentavam baixos índices de aprendizagem, a equipe gestora do CETI São João Batista, no município de São João da Fronteira (PI), deu início do projeto Desafios. Toda segunda-feira, os estudantes recebiam um desafio, com questões sobre temas variados. Para ajudá-los, os professores recapitulavam conteúdos do ensino fundamental, contribuindo para diminuir o déficit de aprendizagem. Os alunos com melhores resultados eram premiados em uma espécie de gincana contínua que estimulava e despertava o interesse dos jovens. O resultado foi positivo e houve melhora no desempenho escolar.

Depoimento completo:

Uma análise dos resultados obtidos no primeiro semestre de 2017 pelos estudantes da 1ª série do Ensino Médio mostrou que o baixo índice de aprendizagem exigia medidas por parte da escola para melhorar o rendimento desses jovens. A constatação nos inspirou a criar a ação Desafios.
Nossa escola forma duas turmas de 1ª série do Ensino Médio por ano. Recebemos estudantes que ingressam no Ensino Médio com uma defasagem de aprendizado muito grande no Fundamental. Diante desse quadro, em uma reunião com professores, começamos a buscar uma ação capaz de melhorar a proficiência dos estudantes em Língua Portuguesa, fornecendo subsídios para que pudessem interpretar diferentes tipos de textos com foco nos descritores da disciplina, reforçar os conteúdos gramaticais do Fundamental e sanar dúvidas, a fim de elevar os resultados na avaliação Saepi.
Nós nos questionamos que tipo de ação poderia tornar interessante esse reforço escolar. Decidimos pela criação de grupos de estudantes e o lançamento de desafios, tendo como público-alvo os discentes do 1º ano A e B integral do turno diurno. Cada turma continha seis grupos, que se renovavam a cada mês, por meio de sorteios. Toda segunda-feira os professores de Língua Portuguesa apresentavam o desafio da semana para ser realizado na sexta-feira, trabalhando com os seguintes descritores: ortografia, semântica, estrutura e formação de palavras, acentuação gráfica, conjunções coordenativas, conjunções subordinadas, coesão e coerência, preposição, verbos, pontuação e figuras de linguagem. Utilizamos a matriz de referência de Língua Portuguesa, livros didáticos, gramática, banco de questões, dicionários e textos, dentre outros recursos.
Na segunda-feira eram apresentados entre os desafios os conteúdos de reforço dos anos anteriores e dos descritores que seriam cobrados. Na sexta-feira os professores aplicavam, por meio de debates, as questões dos referidos conteúdos, fazendo com que cada grupo respondesse às proposições apresentadas. Ao final de cada mês era apresentada a avaliação. Os estudantes do grupo de melhor desempenho eram premiados com uma confraternização e medalhas, em uma espécie de gincana contínua que estimulava e despertava o interesse dos jovens.
Houve um aumento no hábito de leitura e avanços na interpretação e produção textual. Na ocasião, participamos pela primeira vez da avaliação Saeb, atingindo a meta de 4,1, ficando em 4º lugar na 3ª Gerência Regional de Educação. Foi uma evolução gigantesca, pois em 2016 não conseguimos atingir a meta do Saepi.
Nos dedicamos permanentemente ao objetivo de reduzir os índices de evasão e reprovação e à melhora da nossa pontuação em avaliações externas. Toda a equipe tem o foco no ensino-aprendizagem, um compromisso que a metodologia do Programa Jovem de Futuro trouxe para nossa escola, oferecendo um suporte que inovou e direcionou o trabalho de gestão para resultados.
Somos conscientes de que devemos buscar, ano a ano, novas ações que tenham impacto no rendimento de nossos estudantes. O trabalho é contínuo e, quando se mostra bem-sucedido, como o Desafios, deve ser sempre aperfeiçoado.

Depoimento por: Antonia da Silva Lima (gestora), Marinete da Silva Oliveira Lima (coordenadora pedagógica), Jucimary Paixão, Denis Kárita Carvalho Oliveira, Reinaldo Rodrigues Lopes (professores)
Instituição: Ceti São João Batista)