O artigo tem como objetivo analisar conteúdos e aspectos materiais da cartilha “Viver é lutar”, publicada em 1963, que integrava a coleção didática elaborada pelo Movimento de Educação de Base para as aulas de alfabetização de adultos no contexto das escolas radiofônicas brasileiras nos primeiros anos da década de 1960, tempo do regime ditatorial brasileiro (1964-1985) e da repressão aos movimentos sociais voltados à educação de adultos. A análise mostra o esforço em trazer elementos da cultura popular sertaneja como estratégia didático-pedagógica para gerar identificação com os camponeses atendidos pelo movimento, tendo em vista ainda as diferentes tendências intelectuais e ideológicas em disputa no interior da Igreja Católica mobilizadas na construção do material, relacionadas às suas concepções política, pedagógica e religiosa, que resultaram em um modelo próprio de educação dos camponeses.
Viver é lutar: perspectivas políticas na coleção Didática para a Alfabetização de Adultos do Movimento Educação de Base
Resumo
Sobre o documento
- Data de publicação: 2021
- Autor(es): Alves, Kelly Ludkiewicz | Tonnetti, Flávio Américo
- Local de publicação: Belo Horizonte
- Instituição(ões) relacionada(s): Faculdade de Educação da UFMG ()
- Identificadores: ISSN 0102-4698
- Fonte: Abre em uma nova guia https://www.scielo.br/j/edur/a/rFkJzmS5pfKFjVfMkXhyKNr/?format=pdf&lang=pt
- Data de Acesso à Fonte: 24/08/2024
- Suporte: Texto
- Tipologia: Artigo
- Tamanho: 20 páginas
- Tipo Licença: CCBY - Atribuição