Ciclos de aprendizagem, aceleração de aprendizagem e fluxo escolar são termos que apareceram na pauta de discussão da educação e das políticas públicas educacionais na década de 1990. Essa tese objetiva discutir a política do governo federal chamada "classes de aceleração da aprendizagem" instituída em 1997 pelo Ministério da Educação (MEC). A política partia do princípio de que com a idade mais avançada dos reprovados era possível retomar os conteúdos em um tempo mais curto, sem perder na qualidade da aprendizagem. Nesse sentido, a autora investiga como essa política se insere na lógica das políticas da década de 1990, como o Estado de Santa Catarina disseminou essa política e qual o projeto resultante dos debates estaduais e, por fim, os efeitos dessa política na trajetória escolar dos egressos. Por meio de análise documental e entrevistas semiestruturadas, a autora conclui que a política se insere na lógica mundial resultante das novas necessidades do capitalismo, que o currículo estadual foi a base de elaboração do conteúdo, mas que a gestão flexível do currículo foi trabalhada e, por fim, que alunos evadidos retornaram e finalizaram sua trajetória escolar, mesmo que sem alterar suas condições de existência.
Reprovação e interrupção escolar: contribuições para o debate a partir da análise do Projeto Classes de Aceleração
Sobre o documento
- Data de publicação: 2008
- Autor(es): Coimbra, Sandra Regina da Silva
- Local de publicação: Florianópolis
- Instituição(ões) relacionada(s): Programa de Pós-Graduação em Educação - UFSC (Editora)
- Fonte: Abre em uma nova guia https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/91150/254511.pdf?sequence=1&isAllowed=y
- Data de Acesso à Fonte: 21/07/2016
- Suporte: Texto
- Tipologia: Tese
- Tamanho: 228 páginas