Esse trabalho se baseia em um constructo no qual a “decolonialidade” é a chave para a consolidação de outras visões sobre nossa autoformação e aprendizagens possíveis a partir das proposições que saem das configurações de resistência antirracista. Ganha centralidade as pedagogias decoloniais por fazerem parte de uma visão educacional emergente e que será mais bem compreendida quando alinhada aos estudos desenvolvidos no diálogo com os movimentos sociais na região conhecida como América latina. O intuito é discutirmos sobre as aprendizagens possíveis a partir do que nos é próprio. Apoiamo-nos em um amplo espectro de aportes que favoreceram o desentranhamento de um conjunto de saberes legitimados socialmente e que têm sustentado a crítica decolonial para propor outros modos de pertencimento. Sugerimos o enfrentamento de problemas relacionados com as diversas operações que facilitaram a configuração de um novo universo de relações intersubjetivas de dominação entre Europa e as demais regiões do mundo. Entendemos, com Catherine Walsh e Aníbal Quijano, que o pensamento decolonial assume o desafio de construir atalhos que inspiram a rebeldia e a desobediência por sugerir opções fronteiriças quando se trata de garantir a pluralidade, bem como outros lugares de conversa.
Pedagogias decoloniais e interculturalidade: desafios para uma agenda educacional antirracista
Resumo
Sobre o documento
- Data de publicação: 2016
- Autor(es): Miranda, Claudia | Riascos , Fanny Milena Quiñones
- Local de publicação: Minas Gerais
- Instituição(ões) relacionada(s): Universidade Federal de Juiz de Fora ()
- Identificadores: ISSN 2447-5246
- Fonte: Abre em uma nova guia https://periodicos.ufjf.br/index.php/edufoco/article/view/19866
- Data de Acesso à Fonte: 15/03/2020
- Suporte: Texto
- Tipologia: Artigo
- Tamanho: 28 páginas