Setembro contou estudos importantes e anúncios polêmicos do governo sobre a educação brasileira.

 

Education at a Glance

O Brasil foi destaque no estudo Education at a Glance da OCDE. Segundo o estudo, o Brasil é o país que tem o maior percentual do PIB, destinado à educação, no entanto, investe por aluno, menos da metade que os países desenvolvidos, além de pagar menos aos professores, conforme destacou o G1. O Estadão, apontou como essa situação atinge a educação infantil, que o estudo define como “altamente importante para desenvolver competências, como controle emocional, sociabilidade, linguagem e conhecimento numérico.”.

 

Escolas públicas são destaques no Enem

O estudo "Excelência com Equidade no Ensino Médio: a dificuldade das redes de ensino para dar um suporte efetivo às escolas" produzido pelo Iede e apoiado pelo Instituto Unibanco, Fundação Lemann e Itaú BBA pesquisou escolas públicas de ensino médio que se destacam no Enem por boas práticas. Conforme a Agência Brasil, o envolvimento da comunidade e dos pais na vida escolar, contribuiu para esse resultado e o Estadão destacou os outros caminhos que levaram a esse resultado.

 

Escolas cívico-militares

“Tem que impor”, diz Jair Bolsonaro sobre escolas militarizadas. O Correio Braziliense detalhou a fala do presidente e seus planos de implantação de escola cívico-militares até 2023. O Estadão, questionou o Ministro da Educação sobre a fala do presidente e ele disse que a adesão das escolas é voluntária, mas que há filas de pais e gestores interessados no programa.

 

Professores em regime CLT nas Universidades

Abraham Weintraub, Ministro da Educação, anunciou a proposta de contratar professores para as universidades em regime CLT, em vez de concursos públicos, mudança que afetaria a Constituição, conforme matéria do Globo. Segundo o Estadão, o novo regime de contratação será uma exigência para todas as universidade que aderirem ao programa Future-se.

 

Recursos da Educação

O Ministério da Educação vai liberar R$ 1,9 bilhão de reais, conforme noticiou a Folha. Segundo o G1, as universidades e institutos vão receber 58% do total, o que equivale a R$ 1,156 bilhão, entretanto, R$ 3,8 bilhões ainda seguem bloqueados.

 

Além dos destaques acima, outro tema relevante foi pauta da imprensa nacional, confira:

 

Nova carteira estudantil

O presidente Jair Bolsonaro anunciou uma medida provisória que visa criar uma nova carteira estudantil. Segundo o UOL, o documento será ofertado em lojas como Google Play e Apple Store e o estudante que solicitar a carteira digital, terá que concordar com o compartilhamento de dados cadastrais e pessoais com o Ministério da Educação. O Globo apontou que um dos reflexos dessa medida, será o enfraquecimento de entidades estudantis como a UNE e a UBES, que tem como principal fonte de receita, a emissão de carteiras.