Polícia Militar registra grande número de agressões físicas em escolas públicas
Casos de violência nas escolas públicas de Maceió têm se tornado cada vez mais frequentes. De acordo com o Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc), entre janeiro e setembro deste ano foram 143 ocorrências do tipo, sendo que em 37 desses casos houve agressão física entre os alunos ou entre alunos e servidores das unidades de ensino.
O caso mais recente denunciado à polícia foi registrado na manhã desta segunda-feira (9), na Escola Municipal Padre Pinho, no bairro de Cruz das Almas.
Uma professora, que também é diretora da escola, tentava separar uma briga entre dois adolescentes de 14 anos, quando foi agredida com socos, empurrões e pontapés por um deles.
O caso foi parar na Central de Flagrantes. Os dois estudantes foram apreendidos e a professora registrou um Boletim de Ocorrência. Ela também passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML).
Segundo o levantamento da polícia, dos 37 casos de agressão física registrados neste ano, 10 tiveram professores como vítimas.
O tenente-coronel Silvestre Soares, comandante do BPEsc, diz que o número de casos pode ser muito maior, pois muitos não são denunciados. Ainda de acordo com ele, o tráfico de drogas pode ser apontado como um dos fatores que tem levado a violência para dentro das escolas.
"A violência nas escolas já vem sendo notada há bastante tempo. Há uma investida do tráfico, que está criando um clima de violência dentro e no entorno da escola. Isso é uma preocupação, pois diminui a sensação de segurança", afirma o tenente-coronel.
O comandante do BPEsc explicou também que o batalhão realiza um trabalho constante com os alunos e servidores, para tentar diminuir o número de agressões.
"O batalhão tem um trabalho de visitas periódicas, em que visitamos as escolas, principalmente aquelas que exigem mais atenção, que solicitam mais vezes a nossa visita. Trabalhamos com um núcleo de articulação junto à comunidade escolar, que busca orientar a escola para lidar com esse problema. Do lado dos professores, tentamos ajudá-los a lidar com o conflito, entre outras ações", conclui o militar.
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