Uma comissão formada por quatro dos nove vereadores de Tururu, no interior do Ceará, contestam os argumentos de um projeto de lei de iniciativa popular que quer reduzir o salário dos vereadores a um salário mínimo. A comissão esclarece que não é contra o projeto, mas as alegações do autor da proposta.
Entre os argumentos, o autor do projeto, Marcos Renê, diz que os vereadores aumentaram o próprio salário, enquanto barraram o dos professores.
Os vereadores argumentam que o reajuste salarial dos vereadores ocorreu dentro da lei, na legislatura anterior, e que não recebeu projeto do Executivo para aumento salarial dos professores.
"Estão querendo tirar o foco de uma administração desastrosa. Não existe até a presente data de hoje nenhum documento protocolado naquela casa legislativa para ampliar o salário dos professores. A lei diz que a Câmara não pode apresentar projeto de lei que onere o município. O projeto tem que vir de iniciativa do Executivo", afirma o vereador Carlos Serpa.
Paulo Vitor Feitosa, advogado que representa os vereadores, diz que a afirmação do autor do projeto de que os "vereadores não fazem nada" é uma forma de constranger o poder legislativo do município.
"A população de Tururu sabe do trabalho que os vereadores têm feito em prol do município. A informação de que os vereadores vetaram o aumento dos professores é mentirosa. Em momento nenhum chegou o projeto de lei para que os vereadores aumentassem o salário."