Por Fantástico


Vereadoras trans no Brasil enfrentam rotina de preconceito, ameaças e violência

Vereadoras trans no Brasil enfrentam rotina de preconceito, ameaças e violência

Nas últimas eleições, em 2020, o Brasil elegeu 28 vereadoras trans. São mulheres que tiveram votações expressivas nas urnas, mas que enfrentam uma rotina de preconceito, intolerância e violência. Todas relataram ter sofrido algum tipo de ameaça. E uma delas precisou deixar o país. Uma mulher trans que consegue entrar numa universidade, atuar na política e se eleger, já passou por muito. Mas até pra quem foi rejeitada pela família, alijada da escola e jogada na prostituição, é pesado viver a violência virtual e as ameaças reais.

O Instituto Marielle Franco fez uma pesquisa sobre violência sofrida por mulheres trans eleitas no Brasil. São 28 em todo o país -- a maioria de partidos de esquerda. Todas relatam ter sofrido algum tipo de violência durante o exercício do mandato. Quase 23 por cento delas (22,8%) disseram ter sofrido ameaças pelo ao fato de serem trans. E quase metade dessas ameaças partiram de indivíduos ou grupos não identificados.

'Uma delas (das ameaças), que é muito chocante, que marca muito, é um e-mail assinado dizendo que ele ia comprar uma arma 9 mm com o endereço da minha residência, alguns dados pessoais, e iria até a minha casa me matar se eu não renunciasse o mandato no qual fui eleita a mulher mais votada na cidade', contou a vereadora de Niterói Benny Briolly (PSOL) à reportagem do Fantástico. Essa e outras denúncias você confere na reportagem em vídeo.

Nota: Luís Roberto Barroso é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Ministro do Superior Tribunal Federal (STF), e não presidente do STF, como foi dito na reportagem.

Ouça o podcast do Fantástico

Ouça o novo podcast para quem ama pets

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!