Por Grupo Marista

Entre os muitos desafios que surgiram na pandemia, um deles foi a educação. Famílias e escolas precisaram mudar drasticamente as rotinas para se adaptar às necessidades impostas nos momentos mais críticos de disseminação do coronavírus. Ao mesmo tempo, isso transformou a relação dos alunos com a escola e, principalmente, com os professores.

O ensino a distância evidenciou a importância do docente na vida de pais e alunos. Uma pesquisa do Cetic, Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, apontou que 89% dos responsáveis reconheceram que os educadores têm um trabalho mais desafiador do que imaginavam. Os dados também apontaram que 1 a cada 3 famílias acredita que ter docentes disponíveis para tirar dúvidas é a iniciativa mais importante na escola.

Relação entre aluno e professor precisa ser fortalecida no dia a dia

Marina Valquíria Vatte é professora de Ciências do Marista Escola Social Ecológica, da área de Educação Básica do Grupo Marista e atende crianças e jovens em vulnerabilidade social. Ela trabalha como docente há oito anos e entende que tem um papel fundamental nos mais diversos aspectos da vida dos alunos. “Preciso apresentar a maior variedade possível de questões sociais em sala de aula, promover debates e questionamentos. Aplicar atividades em diversos contextos e, sempre que possível, proporcionar vivências além dos muros da escola”, diz.

O mercado de trabalho e as relações sociais estão entre os principais desafios dos estudantes no futuro. Marina acredita que as experiências em sala de aula são essenciais no processo de amadurecimento. “Como professora, posso contribuir promovendo atividades em equipe, dando autonomia para desenvolver e aplicar projetos em toda comunidade escolar e colocar o estudante como protagonista no processo de ensino e aprendizagem”.

Para Marina, ser professora é mais que uma profissão, é uma missão. “Eu enxergo como a possibilidade de transformar o futuro dos meus alunos e contribuir para a transformação da sociedade. Entro em sala de aula com a missão de acolher e ensinar com amor e respeito”, afirma.

Ela acredita que uma das maneiras de fortalecer vínculos é mostrar confiança na capacidade dos estudantes e amor pelo ensino. “Uma forma de estimular alunos a seguir na carreira de professor é demonstrar, na prática, que a educação é transformadora, que é através dela que as mudanças ambientais, sociais e culturais podem acontecer. E que, apesar dos desafios, a docência é uma forma de se sentir capaz de mudar a realidade”, afirma.

Valorização do professor deve ser incentivada em escolas e universidades

O último Censo da Educação Superior do Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, mostrou que a escolha por cursos de formação de professores é a menor entre estudantes universitários. Os cursos de bacharelado concentram maioria dos novos alunos (55,1%), seguidos pelos cursos tecnológicos (26,0%) e, por último, os de licenciatura (18,5%).

Ainda assim, muitas universidades investem na formação de educadores. Uma delas é a PUCPR, do Grupo Marista. Há oferta de graduação superior nas áreas de História, Ciências Biológicas, Educação Física, Letras, entre muitas outras. Os cursos são atualizados para um ensino contemporâneo e alinhado às transformações da sociedade. Na formação em Pedagogia, por exemplo, é ofertada uma base teórico-prática que contribui para a ética, investigação, cidadania e solidariedade. O curso possui nota máxima na avaliação do Ministério da Educação (MEC).

A coordenadora de Pedagogia da PUCPR, Daniele Saheb, acredita que as escolhas metodológicas de abordagem em sala de aula – em diferentes níveis de ensino – têm impacto na construção da visão de mundo do aluno. “É importante que o professor considere ações, por exemplo, na dimensão cognitiva, que é a forma que o estudante pode aplicar o conhecimento em situações reais de forma criativa. Há também a esfera política, relacionada à cidadania e aos direitos e deveres. São diferentes dimensões que perpassam o conhecimento e devem ser consideradas na metodologia”.

Por se tratar de uma profissão tão abrangente, a coordenadora ressalta que é importante que os pedagogos busquem a formação continuada, com cursos de especialização. “É necessário o aprofundamento e atualização dos temas que surgem. O professor não pode parar nunca de estudar porque as relações e o conhecimento são muito dinâmicos”, diz Daniele. Neste sentido, a PUCPR também oferece cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.

Daniele também destaca a importância de ensinar com o coração, considerando os diferentes níveis de ensino e gerações. “É necessário valorizar as relações sociais e a proximidade entre professor e estudante. Quando se estuda aprendizagem, muitos autores explicam a importância da afetividade.”

Clique aqui e saiba mais sobre o Grupo Marista.

Grupo Marista

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!