Sobre a vacinação de crianças, o ex-ministro afirmou que a situação "é bem complexa". "Evidentemente que para a criança o nível de gravidade não é o mesmo para uma pessoa mais velha, um idoso e uma pessoa com comorbidades. Mas, sinceramente, boa parte da condução da propagação da doença ocorre justamente a partir de pessoas menos vulneráveis, como crianças", disse.

Para Mendonça Filho, as crianças podem levar a doença da escola para casa "onde encontram pais, avós e muitos deles em situação de comorbidade ou de vulnerabilidade em termos de saúde". "Então, o processo de vacinação, quando se amplia, inclusive para idade de uma população etária mais mais jovem e até crianças, ajuda a controlar a pandemia e impedir que essa propagação se alarme e possa atingir pessoas mais velhas e que estão em situação de saúde mais frágeis", opinou.

No entanto, para o ex-ministro, a Covid-19 não deve prejudicar o início do novo ensino médio. "Acho que a fase mais difícil da pandemia, que afeta a área educacional, já passou. Muitas escolas já funcionam. O regime presencial, o setor público também está voltando, as universidades públicas estão voltando também para o regime normal de aulas presenciais e é evidente que nós vamos conviver com aulas remotas com o legado da pandemia", afirmou.

"Com o novo ensino médio, [os jovens] vão poder aprofundar as áreas de conhecimento a partir do seu projeto de vida, com a perspectiva da sua projeção para o futuro", disse Mendonça Filho.

Sobre as escolas cívico-militares, Mendonça contou que conheceu a proposta em Manaus, quando era Ministro da Educação. "Eu não acho que seja uma solução mágica para educação como um todo, eu acho que temos que conviver com outras realidades. Para mim, o grande fato que transforma a educação para base brasileira é a introdução do modelo de escola em tempo integral, que nós lançamos inclusive na época que eu era vice-governador de Pernambuco", concluiu.