Por g1 SP


Estudante conferindo sala para vestibular da Fuvest na Poli-USP — Foto: Celso Tavares/G1

O Conselho Universitário da USP aprovou nesta terça-feira (27) o projeto batizado de "Prova Paulista", que consiste em ter a avaliação seriada como nova forma de ingresso de estudantes de escolas públicas estaduais em cursos de graduação da universidade

De acordo com a USP, a ideia é estabelecer um protocolo de intenções com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo para aplicar a avaliação em alunos do 1º, 2º e 3º anos.

Em nota divulgada no Jornal da USP, o pró-reitor de graduação, Aluísio Segurado, destacou que um dos principais desafios da universidade é aumentar o interesse do estudante da rede pública a ingressar na USP, possibilidade que poderá ser ampliada com a adoção da "Prova Paulista".

Aluísio ainda afirmou que apenas 16% dos 400 mil alunos que concluíram o ensino médio público fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023. E, em média, 8,7% desses concluintes se inscreveram no vestibular da Fuvest nos últimos cinco anos.

Para garantir a permanência desses estudantes na universidade, a Secretaria Estadual da Educação deverá oferecer uma bolsa de estudos a alunos com necessidades socioeconômicas. Inicialmente, o valor do auxílio deverá ser de R$ 800 mensais.

A parceria com a Secretaria prevê também o oferecimento de estágio remunerado para estudantes dos 28 cursos de Licenciatura da USP na rede pública de ensino, no valor de R$ 2.100 mensais.

Segundo o reitor, com a aprovação do Conselho Universitário, as negociações com a Secretaria deverão ter continuidade e os detalhes sobre o projeto, como a elaboração das provas, deverão ser apresentados na reunião do Conselho prevista para o dia 1º de agosto deste ano.

Vagas

Para 2023, com ingresso em 2024, a USP deverá oferecer 1.500 vagas das quais 555 serão destinadas para estudantes pretos, pardos e indígenas. Essas vagas serão redistribuídas do total das vagas oferecidas para alunos de escolas públicas na Fuvest e no Enem USP.

Neste primeiro ano de implementação do programa, serão considerados os 360 mil alunos matriculados no 3º ano do ensino médio, mas a proposta é que, para o próximo ano, sejam incluídas as demais séries.

O projeto também prevê a adesão da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Top 100

Pela primeira vez, a Universidade de São Paulo (USP) entrou no "top 100" de melhores instituições de ensino do mundo, segundo os resultados da 20ª edição do QS World University Ranking (reconhecido sistema de avaliação educacional).

Na lista de 2024, divulgada nesta terça-feira (26), a USP ocupou o 85ª lugar entre 1.499 universidades, ultrapassando a Universidade de Buenos Aires e tornando-se a nova líder na América Latina.

O "salto" de 30 posições em relação a 2023, quando estava em 115º, é explicado pelo aumento na empregabilidade dos ex-alunos e pela melhora na reputação internacional da instituição.

"O desempenho do Brasil nesta edição do ranking traz um alívio bem-vindo após uma trajetória de queda nos últimos anos. A USP atinge um marco significativo e entra no alto escalão de excelência global", afirma o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter.

"É essencial que o país priorize o financiamento do ensino superior e as parcerias globais para sustentar seu progresso."

Quem está no topo da tabela?

Os líderes do ranking de 2024 são:

  1. MIT (EUA)
  2. Universidade de Cambridge (Reino Unido)
  3. Universidade de Oxford (Reino Unido)
  4. Universidade Harvard (EUA)
  5. Universidade Stanford (EUA)
  6. Imperial College London (Reino Unido)
  7. ETH Zurich (Suíça)
  8. Universidade Nacional de Singapura (Singapura)
  9. University College London (UCL - Reino Unido)
  10. Universidade da Califórnia (EUA)

Quais universidades do Brasil estão no ranking?

Veja abaixo quais outras universidades brasileiras aparecem na lista*:

  • 220º: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
  • 371º: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • 419º: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
  • 595º: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
  • de 691° a 700º: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • de 691° a 700º: Universidade Federal do Rio Grande Do Sul (UFRGS)
  • de 731º a 740º: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
  • de 801º a 850º: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • de 801º a 850º: Universidade de Brasília (UnB)

* A partir da 500ª posição, os países são classificados por grupos.

Praça do Relógio, na cidade universitária da USP — Foto: Divulgação

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!