A Universidade de São Paulo (USP) aprovou na quinta-feira a utilização de um sistema próprio para que estudantes ingressem na faculdade com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A instituição deixará de usar o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), plataforma gerida pelo governo federal. A medida vale a partir do processo seletivo para o primeiro semestre de 2023.
A universidade afirma que a decisão foi tomada devido à diferença da data de início das aulas dos alunos que ingressavam pela Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), vestibular próprio da USP, e daqueles que entravam pelo Sisu. Os universitários que se matriculavam por meio do sistema federal começavam a aula alguns dias depois. Agora, o primeiro dia de aula será o mesmo para todos os estudantes.
A Fuvest ficará responsável pela inscrição e seleção dos alunos pelo Enem. As inscrições serão feitas conforme o mesmo calendário da fundação.
“Vamos continuar utilizando o Enem, mas inserindo a nota em novo modelo que permitirá maior agilidade e abrangência no processo de chamada e de matrícula dos novos estudantes”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, em nota divulgada pela instituição.
A USP também incluirá no novo sistema comissões de heteroidentificação, que analisarão a autodeclaração dos candidatos que se inscrevem pelas cotas raciais, vagas reservadas para pessoas negras.
A USP oferece 11.147 vagas em seus cursos de graduação neste ano. Dessas, 8.211 serão selecionados pelo vestibular da Fuvest e 2.936 pela prova do Enem.