A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, fez um alerta sobre a enorme desigualdade de gênero no acesso à educação. Ela afirmou que, no mundo todo, sessenta e dois milhões de meninas não vão à escola.
A falta de acesso à educação para as meninas têm reflexos sérios lá na frente. As mulheres representam dois terços dos setecentos e cinquenta e oito milhões de adultos analfabetos no mundo. E hoje só 60% dos países conseguiram dar chances iguais para meninos e meninas na educação primária.
A diretora da Unesco - que é a agência da ONU para a educação, a ciência e a cultura - manifestou preocupação com as dificuldades que meninas encontram para estudar.
E reforçou que a falta de estudo, de conhecimento, é uma das principais causas de exclusão social.
Nas palavras de Irina Bokova: "prejudica todas as sociedades, freia o desenvolvimento e mina os esforços de paz". Impossível falar em educação e não pensar na jovem Malala Yousafzai.
A paquistanesa, que foi baleada pelo Talibã dentro de um ônibus escolar aos quinze anos de idade, se formou esse mês no ensino médio, aqui na Inglaterra. A mais jovem vencedora do Nobel da Paz disse estar empolgada com o futuro, mas que pensa, todos os dias, nas milhares de meninas que não conseguem estudar. Reverter esse quadro é a missão dela - e deveria ser a de todos nós. Veja mais detalhes na reportagem acima.