Recentemente, nestas páginas, o professor e senador Cristovam Buarque escreveu um artigo em que defendia a necessidade de a juventude brasileira rejuvenescer e perceber a necessidade de mudanças e não seguir as palavras de ordem da geração anterior.
Num gesto de autocrítica, ele reconhecia que, apesar de as gerações anteriores terem triunfado, sobretudo com relação ao objetivo de restaurar a democracia no Brasil, elas fracassaram ao se deixarem corromper pelo gosto do poder a qualquer preço.
O resultado dessa conduta é o quadro de desorganização atual do país, com desagregação social, violência generalizada, descrédito político, pobreza e desigualdade. O país está dividido entre partidos, políticos e cidadãos. Pior: os jovens estão divididos.
A repetição de acontecimentos políticos ultrajantes dos últimos anos indica que o Brasil precisa de outros políticos. Não constitui uma maldade a afirmação de Elio Gaspari de que “Temer prometeu um ministério de notáveis e nomeou uma equipe de suspeitos”.
Novos líderes políticos terão de ser fornecidos pela juventude. Esta, no entanto, precisa despertar para seu verdadeiro papel neste momento. Segundo Buarque, enquanto parte dela recusa-se à participação política, outra participa defendendo velhas ideias.
De fato, enquanto muitos jovens brasileiros, hoje, destacam-se em ações inovadoras, desenvolvendo projetos pessoais ou coletivos particulares, outros se apegam a posições políticas reacionárias, como as que defendem privilégios e, no fundo, a corrupção.
Na imagem de Buarque, enquanto “os primeiros olham para a frente, sem ver o lado, os outros olham para trás, sem perceber as mudanças na frente”. Na prática, desenha-se um impasse, pela cegueira de um lado e de outro e pela falta de consideração ao povo.
A indecisão da juventude é resultado da corrupção de seus políticos, que não têm um projeto para o país.
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