Por Jornal Nacional


Um em cada cinco alunos do ensino básico está atrasado na escola, diz Unicef

Um em cada cinco alunos do ensino básico está atrasado na escola, diz Unicef

Um estudo do Unicef concluiu que um em cada cinco estudantes do ensino básico está atrasado pelo menos dois anos na escola. Para muitos alunos, as dúvidas crescem como bola de neve.

“Tinha dificuldade, não entendia muito e largava de mão”.

“Repetir de ano foi a pior coisa que eu já senti”.

No Brasil, a escolarização é obrigatória dos 4 aos 17 anos. Aos 4, a criança deve ingressar na pré-escola; aos 6 anos, no fundamental; e, aos 15, no ensino médio.

Mas, com o passar dos anos, muitos alunos vão ficando pelo caminho. Segundo o estudo do Unicef, dos 35 milhões de estudantes matriculados em 2017, sete milhões tinham dois ou mais anos de atraso escolar, sendo cinco milhões no fundamental e dois milhões no ensino médio.

As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas pela defasagem escolar nas três etapas de ensino: nos anos iniciais do ensino fundamental, no fim do fundamental e também no ensino médio.

Segundo o Unicef, o objetivo do estudo é ajudar estados e municípios na reavaliação do ensino básico.

“A ideia é que este estudo possa ofertar dados para que as redes possam fazer isso e possam planejar políticas públicas adequadas ao enfrentamento da distorção idade-série”, explica Ítalo Dutra, chefe da área de Educação do Unicef no Brasil.

Escolas e ONGs em todo o Brasil têm buscado formas de dar um impulso àqueles alunos que precisam recuperar os anos perdidos de estudo para não ficarem para trás de vez. Muitas vezes, a iniciativa funciona como um convite para redescobrir a importância e o prazer de estudar.

Numa ONG, em São Paulo, 80 alunos fazem reforço escolar na maior descontração. Em português, têm lições de comunicação e expressão e a matemática é acompanhada de exercícios de lógica. Os resultados logo aparecem.

“Eu consegui entender melhor a matemática, antigamente eu não entendia muito bem”.

“Eu nunca vou desistir da escola, já prometi para mim mesmo. Nunca vou fazer uma besteira dessas”.

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