Rio

Uerj decidirá sobre retorno às aulas na sexta-feira

Em entrevista coletiva, reitor da unviersidade sinalizou que chance de as atividades serem retomadas é de 80% a 90%
Portaria da Uerj no campus do Maracanã Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Portaria da Uerj no campus do Maracanã Foto: Leo Martins / Agência O Globo

RIO - Durante entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira, o reitor da Uerj, Ruy Garcia Marquez, e a vice-reitora da instituição, Maria Georgina Muniz, falaram sobre a possibilidade de volta às aulas na universidade a partir de 10 de abril, na próxima segunda-feira.

A decisão sobre a volta às aulas ainda depende de um fórum de diretores de departamento da universidade, que será realizado na sexta-feira, mas, segundo o próprio reitor da instituição, a chance de retomada das atividades é de “80% a 90%”. Em tom esperançoso, Ruy Garcia Marquez falou sobre a necessidade da volta às aulas na Uerj.

- Eu diria que nós precisamos voltar. A esperança é a mesma. A esperança é que a gente possa retornar. Não que tenhamos conseguido tudo, mas aqui, presente, nós gritamos mais alto. Nós vamos gritar juntos. Nós precisamos reerguer esse orgulho do estado do Rio de Janeiro, que é a Universidade do Estado do Rio de Janeiro - defendeu.

Sem aulas desde janeiro deste ano, a Uerj já adiou a volta às aulas em cinco ocasiões. A previsão inicial era de que as aulas voltassem em janeiro deste ano, mas, por conta de diversos problemas de repasse de verbas, que causaram o não pagamento de auxílio-permancência aos estudantes cotistas e o atraso no pagamento do décimo terceiro de 2016 e do salário de fevereiro e março de 2017, as aulas referentes ao segundo período letivo de 2016 ainda não começaram.

Na última semana, uma decisão do desembargador Maurício Caldas impediu que Pezão cortasse 30% dos salários dos professores da universidade. O governador tinha ameaçado reduzir o pagamento, alegando que não há aulas há meses na instituição.

SERVIDORES E FUNCIONÁRIOS FIZERAM PROTESTO

Nesta terça-feira, servidores e funcionários da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) realizam um protesto, na noite desta terça-feira, no Leblon, na Zona Sul do Rio. A manifestação começou na Rua Rainha Guilhermina, onde mora o governador Luiz Fernando Pezão, e seguiu para a Rua Aristides Espínola, onde o ex-governador Sérgio Cabral tem um apartamento.

Depois, o ato seguiu para a Avenida Delfim Moreira, onde interrompeu o trânsito, na sentido da Avenida Niemeyer. Os alunos de graduação estão sem atividades desde janeiro, quando foi encerrado o período de aulas equivalente ao primeiro semestre de 2016.

Na decisão, o desembargador afirmou que "a paralisação das atividades da Uerj não é voluntária ou motivada por reivindicações salariais, mas decorrência pura e simples da falta de condições mínimas de funcionamento e do enorme risco aos seus mais de 30 mil alunos e 6 mil servidores que por ali transitam diariamente"