Por Objetivo Sorocaba

Seu filho está na escola, mas apresenta dificuldades para ler, escrever ou calcular? Pode ser que seja um quadro de Transtorno de Aprendizagem. Muitas crianças em fase escolar apresentam certas dificuldades que podem surgir por diversos motivos.

A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente em um transtorno, este contempla um conjunto de sinais sintomatológicos que desencadeiam uma série de perturbações no aprender da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada.

Dislexia e Discalculia são exemplos de transtornos de aprendizagem. Conheça um pouco mais e saiba como identificá-las:

Transtornos específicos

A dislexia e a discalculia são apenas alguns dos Transtornos de Aprendizagem (TA) possíveis, e são classificadas como dificuldades crônicas. Ambas trazem diversos prejuízos, não apenas para o aprendizado, mas também para o cotidiano da pessoa. Por exemplo, ter dificuldade de ler e compreender textos e palavras novas, como em uma reportagem de revista, ou ter dificuldade de calcular o troco. Antes de aprendermos a identificá-las, entretanto, é preciso compreender o que são.

Dislexia

Trata-se de um Transtorno de Aprendizagem de origem neurobiológica, que geralmente prejudica o processamento fonológico, levando a dificuldades de leitura (decodificação) e de soletração ou escrita (codificação). Como resultado, o aluno tende a evitar ou a reduzir sua experiência de leitura, atitude que interfere no enriquecimento do vocabulário e na aquisição de novos conhecimentos em geral.

Discalculia

Trata-se de um Transtorno de Aprendizagem específico, de origem desenvolvimental e caracteriza por dificuldades na aquisição de habilidades aritméticas, ou seja, a pessoa tem dificuldade em processamento numérico que envolve aspectos de conhecimento e compreensão dos símbolos numéricos e de suas quantidades, como ocorre na leitura, na escrita e na contagem dos números. Além disso, também há dificuldade para realizar cálculos e compreender os conceitos ligados ao tempo e espaço.

Diagnóstico

Um diagnóstico cuidadoso dos transtornos específicos de aprendizagem é o ponto de partida para garantir que a criança e a família tenham acesso aos acompanhamentos mais adequados e eficientes. É necessário desconsiderar os casos de deficiências cerebrais e as situações de desgaste emocional, como, por exemplo, mudança de escola, divórcios dos pais e perda de entes queridos. Também é necessário levar em consideração os fatores ambientais, tais como falta de motivação, baixa qualidade do ensino, nível socioeconômico e o ambiente em que a criança vive.

O diagnóstico permite que a criança, jovem, adulto e sua família tenham um entendimento mais preciso da natureza das habilidades e dificuldades que apresentam, podendo assim, buscar soluções mais eficientes para superá-las.

A avaliação da pessoa com suspeita de transtorno de aprendizagem é complexa e deve ser feita por uma equipe multidisciplinar (fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo, terapeuta ocupacional, psiquiatra ou neurologista, entre outros), observando aspectos qualitativos (observação clínica do transtorno que abrange entrevistas com a pessoa e a família, análise de relatos e registros escolares), como também quantitativos (utilização de instrumentos que verifiquem os déficits).

Objetivo Sorocaba

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