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Leonardo Sakamoto

REPORTAGEM

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Trabalhadores do ensino superior ainda não têm data para vacinação em SP

JURANIR BADARÓ/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: JURANIR BADARÓ/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

02/06/2021 15h00

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Os trabalhadores da educação superior, parte do grupo prioritário de vacinação, ainda não contam com uma data para serem imunizados contra a covid-19 no Estado de São Paulo.

O período de 21 a 31 de julho que aparece no cronograma do site "Vacine Já" como sendo dedicado aos profissionais da educação trata apenas da educação básica. Devem ser imunizados nesse momento, trabalhadores que tenham entre 18 e 44 anos, pois o governo antecipou a imunização dos que têm 45 e 46 para a próxima quarta (9).

Por enquanto, foram imunizados os professores e funcionários do ensino superior contemplados em outros cronogramas, como os de pessoas com mais de 60 anos e adultos com comorbidades. No dia 1º de julho, começa a retomada de vacinação por idade, beneficiando quem tem entre 59 e 55 anos. Isso deve atrasar o retorno de instituições de ensino superior de volta às aulas presenciais.

O governador João Doria prometeu, nesta quarta (2), vacinar todos os adultos de São Paulo até o dia 31 de outubro, condicionado à entrega de doses.

A Secretaria Estadual de Saúde, através de sua assessoria, disse que a falta de uma data para vacinar trabalhadores do ensino superior se deve à falta de vacinas. "Devido à morosidade e desorganização na aquisição de imunizantes contra covid-19 por parte do governo federal, mesmo diante das cobranças dos governos e toda a sociedade, o Estado de São Paulo tem segmentado a vacinação dos grupos prioritários considerando as remessas recebidas, de forma a atender integralmente os públicos-alvo", explicou à coluna.

"O governo de São Paulo reitera que a destinação de mais vacinas contra covid-19 pelo Ministério da Saúde é crucial para continuidade da campanha e expansão dos públicos e tem o compromisso de divulgar de forma ampla e transparente o calendário, prezando pela orientação e proteção da população", afirmou a secretaria.

O Ministério da Saúde informou, através da Nota Técnica 717/2021, de 28 de maio, que foi acordado iniciar a vacinação dos trabalhadores da educação sem prejuízo ao cronograma dos demais grupos prioritários. Para tanto, afirma que "serão enviados quantitativos para o início da vacinação dos trabalhadores da educação".

A ordem de vacinação é de trabalhadores de creches, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA e, na sequência, os trabalhadores da educação do ensino superior. O objetivo foi beneficiar primeiro os que atuam com crianças e adolescentes.

O cronograma de vacinação tem como base as prioridades definidas pelo Programa Nacional de Imunizações, mas o cronograma tem variado de acordo com Estados e municípios. Por exemplo, Salvador e Rio de Janeiro já estão imunizando profissionais do ensino superior e Belo Horizonte começa a aplicação nesta semana.

Por conta do atraso na importação do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), matéria-prima para fabricação de vacinas, a produção dos imunizantes CoronaVac e da Oxford/AstraZeneca chegou a ser interrompida pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz/Bio-Manguinhos, respectivamente. O diretor do Butantan, Dimas Covas, avalia que ataques do presidente Jair Bolsonaro à China, origem do IFA, atrapalharam o envio do produto.

Doria divulgou que o cronograma de vacinação por idade estará dividido da seguinte forma:

55 a 59 anos: 1º a 20 de julho
50 a 54 anos: 2 a 16 de agosto
45 a 49 anos: 17 a 31 de agosto
40 a 44 anos: 1º a 10 de setembro
35 a 39 anos: 11 a 20 de setembro
30 a 34 anos: 21 a 30 de setembro
25 a 29 anos: 1 a 10 de outubro
18 a 24 anos: 11 a 31 de outubro.