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Temas para o Enem: entenda a questão dos refugiados na Europa

Veja dados e informações que podem ajudar na hora de escrever uma redação ou responder a uma questão de atualidades
Migrante desembarca no porto de Málaga, no Sul da Espanha, após ser resgatada de embarcação clandestina no Mediterrâneo em 8 de outubro; fluxo pelo mar virou tensa questão política entre os países da União Europeia Foto: JON NAZCA / REUTERS
Migrante desembarca no porto de Málaga, no Sul da Espanha, após ser resgatada de embarcação clandestina no Mediterrâneo em 8 de outubro; fluxo pelo mar virou tensa questão política entre os países da União Europeia Foto: JON NAZCA / REUTERS

RIO - Quais as diferenças entre ser um imigrante e ser um refugiado? Como os países europeus estão reagindo às milhares de pessoas que, fugindo de guerras ou buscando uma situação econômica melhor, chegam às suas fronteiras? Que soluções o mundo todo pode propor para resolver essa questão? E, finalmente, como escrever sobre este tema se ele cair na próxima redação do Enem? Separamos 5 links essenciais sobre o assunto. Só clicar abaixo!

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1) Recordes na imigração

Enquanto os australianos estudam impedir que novos imigrantes se estabeleçam em Sydney e Melbourne (onde se concentram 70% dos 186 mil estrangeiros que se mudaram para o país no ano passado), o Reino Unido debate políticas para lidar com os seus imigrantes a partir do ano que vem, quando deixa a União Europeia (UE). A presença dos forasteiros pesou na decisão dos britânicos de votar pelo Brexit. Agora, discute-se permitir apenas a permanência dos trabalhadores altamente qualificados. Apontada por especialistas como uma das principais questões do século XXI, a imigração vem batendo sucessivos recordes. Em 2017, 260 milhões de pessoas moravam fora do seu país de origem, ou quase 3% da população mundial.

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2) Nova rota no sul da Espanha

Às seis da tarde da última terça-feira, fazia calor em Tarifa, a cidade mais ao sul da Europa Continental, na província espanhola de Cádiz. O porto fervia de turistas barulhentos embarcando e desembarcando das balsas que levam a Tânger, no Marrocos, visível do outro lado do Estreito de Gibraltar, a só 38 quilômetros. Gaivotas grasnavam, pescando no mar junto aos atracadouros. Tudo normal e típico para um dia de verão no Mediterrâneo. Menos num canto isolado de um molhe. Lá, reinavam o silêncio e a imobilidade, a despeito da presença de 133 pessoas adultas e crianças, todas negras, vestidas com abrigos e mantas e espalhadas em bancos de pedra, no chão ou sob uma tenda da Cruz Vermelha. Era só a última leva de imigrantes, principalmente da África subsaariana, que havia tocado terra na Andaluzia nas últimas horas: mais de 400 naquele dia, mais de dois mil na semana, mais de 20 mil no ano, o que torna a Espanha a nação europeia recordista de desembarques de pessoas chegadas em botes precários em 2018.

+ Fechamento de portos pela Itália muda caminho para subsaarianos fugindo da miséria

3) Histórias de sofrimento

Numa Espanha que se tornou a nação europeia que mais recebe imigrantes vindos do Mar Mediterrâneo em 2018, multiplicam-se histórias de sofrimento em terra e na travessia que terminou nos portos do Sul do país. Conheça algumas delas:

— Não consigo nem acreditar quando me lembro. Agora, me sinto forte para começar uma vida — diz um adolescente ouvido pelo GLOBO.

+ 'Quero fazer medicina, rever minha mãe': novas esperanças nos portos da Espanha

4) A brasileira que ajuda refugiados na Hungria

Enquanto o premier ultranacionalista da Hungria , Viktor Orbán , endurece a vigilância contra quem ajuda os refugiados — a que retrata como invasores que ameaçam o pequeno país da Europa Central —, voluntários e trabalhadores humanitários buscam resistir às tentativas do governo de desencorajá-los com a criminalização da sua missão. Dentre eles, está a brasileira Erika Rossi, que há nove anos fez as malas e se mudou a Budapeste para contribuir à proteção dos solicitantes de asilo. Desde então, acompanhou a radicalização xenófoba no Palácio Sándor e a expansão da latente intolerância nas ruas.

+ Organizações desafiam criminalização imposta por governo ultranacionalista

5) Itália propõe rodízio

O governo da Itália proporá aos seus vizinhos europeus a criação de um esquema de rodízio entre portos de vários países para o desembarque de navios que tenham resgatado imigrantes e refugiados no Mediterrâneo . Ao GLOBO, fontes do Ministério da Defesa da Itália disseram que o plano será levado pela chefe da pasta, Elisabetta Trenta, a homólogos da União Europeia (UE) numa reunião informal que acontecerá na quinta-feira em Viena, na Áustria.

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