O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, "Democratização do acesso ao cinema no Brasil", surpreendeu muita gente, de candidatos a professores de várias regiões do país. A escolha, porém, só reforçou a máxima de que a leitura é mesmo a principal ferramenta para quem deseja mandar bem no Enem. “Um bom leitor, com uma leitura diversificada, possui uma capacidade imensurável de interpretar e estruturar um texto”, explica a professora de literatura do Colégio Equipe, Tatiana Lanini Pinho.
Professora de Linguagens Colégio Equipe -Tatiana Lanini Pinho — Foto: Divulgação
“Quanto maior o nível de leitura, maior sua capacidade de interpretar, estruturar uma escrita, de ter senso crítico, de despertar seu senso crítico”, acrescenta a professora. Por isso, os alunos melhor preparados não são, necessariamente, aqueles que se propõem a estudar assuntos específicos, mas, principalmente, os que sabem escolher ferramentas básicas e estruturantes para desenvolver qualquer desafio. Essa, inclusive, é a primeira vez que a arte foi abordada como tema para a redação do Enem.
Engana-se, porém, quem pensa que a leitura é importante apenas para fazer as provas relacionadas a disciplinas correlatas, como redação, português e literatura. Como se trata de um exame em que o tempo prolongado é fator decisivo, o ato constante de ler permite ao candidato dicernir melhor em quais questões de todas as matérias deve apostar suas fichas por oferecerem maior probabilidade de sucesso, abrindo mão de outras que fará apenas se o horário permitir.
Além disso, o Enem é uma prova que exige muito esforço interpretativo das questões e muito tempo de leitura. “Quanto maior o nível de leitura de uma pessoa, mais ela mergulha em um desenvolvimento intelectual profundo”, observa a professora do Equipe.
“Um bom leitor, claro, será um bom escritor”, acrescenta Tatiana, até porque o estudante que lê com mais frequência consegue associar com mais facilidade expressões, fatos, temas e histórias que ouve, enxerga e lê, criando sinapses poderosas que facilitarão, inclusive, seu processo criativo ao escrever um texto, por exemplo. “Um bom escritor foge do senso comum. É autêntico e sabe se posicionar”, finaliza a professora do Equipe, ao destacar habilidades típicas de leitores bem assíduos.
Professora de Linguagens Colégio Equipe -Tatiana Lanini Pinho — Foto: Divulgação