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Pais reclamam de implantação de escola cívico-militar em Sorocaba (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

Sorocaba (SP) implantou na manhã desta segunda-feira (17) a escola cívico-militar que inicia as atividades na E.M. Matheus Maylasky, mesmo após um questionamento do Ministério Público na Justiça. A ação gerou reclamações dos pais dos estudantes.

Uma cerimônia foi realizada com a participação de políticos e do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). Os 13 militares que vão atuar na escola foram apresentados.

Segundo o diretor, não haverá mudança de professores ou funcionários e um capitão da reserva deve cuidar da gestão educacional, além de 11 suboficiais e sargentos que serão monitores. As aulas presenciais devem ser retomadas em 31 de maio.

Alguns pais questionaram a mudança e, na manhã desta segunda-feira (17), havia cartazes no portão Essa mudança é acompanhada pelo Ministério Público desde o ano passado.da escola.

Sorocaba implanta escola cívico-militar sob reclamação de pais e com questionamento na Justiça — Foto: Prefeitura de Sorocaba/Divulgação

O Ministério da Educação informou, por meio de nota, que o programa tem como princípio atender escolas que tenham alunos em vulnerabilidade social e com baixo desempenho escolar, e que esse não é o caso da escola Mateus Maylaski.

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Escola cívico-militar começa a funcionar em Sorocaba

Escola cívico-militar começa a funcionar em Sorocaba

A unidade foi selecionada pelo Programa Nacional da Escola Cívico Militar (Pecim) como a primeira do estado a implantar o novo modelo. Contudo, a implantação da escola cívico-militar na cidade é uma questão acompanhada pelo Ministério Público desde o ano passado.

Em dezembro, a promotora Cristina Palma entrou com uma ação civil pública alegando que a instituição têm números satisfatórios no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Essa condição que não atende aos critérios definidos pelo decreto que permite esse tipo de escola no Brasil, já que as escolas cívico-militares devem ser instaladas em unidades com notas baixas no Ideb e também em bairros com dados preocupantes de violência.

Pais protestam contra implantação de escola cívico-militar em Sorocaba (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

Além desses critérios, o questionamento da promotora na ação é que, quando a prefeitura se interessou por adotar esse modelo de educação, o conselho da escola havia votado a questão, mas apenas 30% da comunidade escolar se manifestou. Por isso, a promotora também pediu a anulação dessa consulta.

A Justiça de Sorocaba concedeu a liminar e suspendeu a implantação. No entanto, a prefeitura recorreu da decisão no Tribunal de Justiça e conseguiu derrubar a liminar que impedir a implantação da escola.

No fim de semana, o MP voltou a questionar o Tribunal de Justiça sobre o assunto. Segundo a promotora Cristina Palma, a prefeitura não poderia ter feito essa inauguração, porque existe uma ação civil pública que ainda não foi julgada pela Justiça.

O TJ ainda não divulgou uma decisão até a última atualização desta reportagem.

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