21/01/2019

Sisu promove igualdade de condições entre candidatos à universidade de todas as regiões

“Eu gosto da maneira como o Sisu funciona. Antes, os alunos que moravam em regiões distantes e não tinham condições de realizar o vestibular na cidade de sua escolha só tinham como opção cursar a faculdade dentro da sua região.” O comentário é do professor de ensino médio Fabio Aparecido da Silva, que dá aulas de matemática para alunos da primeira, segunda e terceira séries, na Escola Técnica Estadual Cônego José Bento, em Jacareí (SP). Ele se refere a quem vai tentar o ingresso no ensino superior público por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e deseja uma graduação em outra cidade ou estado.

Desde 2010, ano em que foi implementado pela primeira vez pelo Ministério da Educação, o Sisu tem se mostrado um processo seletivo transparente e democrático, por meio do qual as universidades públicas oferecem vagas aos candidatos que se submeteram ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). A primeira edição de 2019, aliás, abre as inscrições na próxima terça-feira, 22, e vai ofertar 235.476 vagas, distribuídas em 129 instituições públicas de ensino superior, em todo o Brasil.

Pelas regras do edital, os candidatos poderão se inscrever em até duas opções de vaga, mas devem especificar, em ordem de preferência, as alternativas em instituições de ensino superior participantes, com local de oferta, curso e turno, bem como a modalidade de concorrência. Quem pretende garantir um lugar na universidade deve ficar atento: as inscrições serão feitas exclusivamente pela página do Sisu na internet, entre os dias 22 e 25 de janeiro. O prazo final vai até as 23h59 da sexta-feira, 25, no horário oficial de Brasília.

Podem concorrer às vagas os estudantes que fizeram o Enem em 2018 e obtiveram nota acima de zero na prova de redação. Sobre o resultado do Enem 2018, uma informação importante para aqueles que tentarão uma vaga por meio do Sisu: o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao MEC, responsável pela aplicação da prova, divulgou o resultado, nesta sexta-feira 18. Quem conferiu o desempenho e vai participar do Sisu já pode consultar as chances no site do sistema.

Dicas – Este ano, o Ministério da Educação promoveu uma mudança para dar mais liberdade de escolha aos estudantes não selecionados. Pensando em otimizar as informações, o MEC criou um roteiro de dicas importantes para facilitar a sua escolha diante das alternativas de vagas nas instituições participantes do processo seletivo. Dessa forma, o estudante poderá esclarecer suas dúvidas, analisar as possibilidades mais viáveis e escolher sem arrependimentos o curso que melhor atenderá seus desejos profissionais do mercado de trabalho.

Para começar, deve-se conferir no site do Sisu todo o calendário de atividades, para evitar perda dos prazos e ausência de documentos. Após a escolha das opções de cursos e da conclusão do processo de inscrição, deve ser conferido o resultado do Enem 2018. Quem teve um bom desempenho nas provas terá maiores chances de conquistar a vaga desejada.

Conferido o cronograma, vem o passo seguinte: o cuidado na definição das opções de curso. A primeira edição do Sisu de 2019 será constituída de uma única chamada regular, razão pela qual os candidatos devem ficar ainda mais atentos ao calendário de atividades. O resultado final será divulgado em 28 de janeiro, quando é hora de preparar a documentação exigida pelas instituições de ensino para o ingresso dos futuros estudantes.

Esse passo exige atenção, uma vez que as matrículas ou registros acadêmicos dos candidatos selecionados deverão ser feitas nas universidades para as quais foram escolhidos, na chamada regular, entre os dias 30 de janeiro e 4 de fevereiro. Portanto, devem ser observados atentamente os dias, horários e locais de atendimento definidos pelas instituições no edital próprio para a matrícula.

Escolha – A página do Sisu ajuda o estudante na escolha das melhores alternativas. Para isso, basta acessar a página eletrônica e pesquisar por universidade, curso ou município. Esta, aliás, é uma das vantagens do Sisu: o estudante pode filtrar as opções mesmo antes do período de inscrição, conferindo a lista completa das instituições de ensino superior participantes e os cursos oferecidos.

É importante também saber se a nota do Enem é suficiente para garantir uma vaga no Sisu. Quem não tem certeza de que o resultado do Enem 2018 garante o ingresso na universidade deve fazer uma pesquisa das notas de corte de edições passadas do Enem, na página do Sisu. Dessa forma, o candidato terá uma noção se pode concorrer à vaga desejada no ato da divulgação do seu desempenho no Enem 2018. Para ajudá-lo ainda mais, o MEC criou um simulador de notas, plataforma que pode ser um comparativo de informações para aperfeiçoar o desempenho dos alunos.

O programa do Sisu atualiza uma vez ao dia e altera a ordem dos inscritos conforme a nota do Enem, neste caso de 2018. A primeira revisão está prevista para ser divulgada a partir da meia-noite de 23 de janeiro. Assim, a orientação do MEC é que o candidato acesse o sistema, ao uma vez ao dia, para saber se a disputa pela vaga que deseja ainda é viável ou se acha melhor mudar o curso inicialmente escolhido. Deve-se lembrar de, ao conferir o ranking, avaliar a quantidade de vagas disponíveis, a posição em que se encontra e se a nota é suficiente para garantir a vaga.

 Os que forem aprovados na segunda opção de curso, após a divulgação do resultado da chamada regular, devem saber que não serão incluídos na lista de espera da primeira opção escolhida. Quem não for selecionado poderá fazer parte da lista, mas de apenas uma das opções de curso previamente escolhidas. O prazo para o estudante decidir se participa da lista de espera vai de 28 de janeiro a 4 de fevereiro, e a matrícula deve ser feita na universidade entre os dias 30 de janeiro e 4 de fevereiro. A convocação da lista de espera será em 7 de fevereiro.

Igualdade – Uma das características do Sisu, na avaliação de profissionais que atuam na área educacional, é a igualdade no processo seletivo, o que eleva as chances de o aluno escolher a graduação desejada na universidade que sempre sonhou. Não faltam exemplos de estudantes que se esforçaram e conseguiram se graduar mesmo em localidades distantes de sua origem.

“Após a criação do Sisu, muitos estudantes que moram em regiões distantes têm a opção de cursar a graduação escolhida em cidades fora de suas regiões e em outros estados”, observa o professor Fabio Aparecido da Silva. “Eu tenho vários alunos que saíram de Jacareí e, graças ao Sisu, foram cursar faculdades fora do estado de São Paulo, como por exemplo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil.” Aos 46 anos, o professor possui licenciatura e bacharelado, além de ser especialista em matemática.

O também professor Marcos Borzuk da Fonseca Júnior, que tem especialização e pós-graduação em química, além de ter cursado um ano de mestrado no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências (PPGEC), da Universidade de Brasília (UnB), acredita que o Sisu é um sistema facilitador para o ingresso na universidade que, a cada ano, vem apresentando melhorias e se tornando mais robusto.

Atuando no Centro Educacional 07, na Ceilândia, há quase nove anos, Marcos defende que o sistema é o mais adequado à realidade do Brasil neste tipo de seleção de estudantes. “Acredito que o Sisu é um sistema bastante democrático, que como o próprio nome diz, tem a função de selecionar estudantes pelas notas do Enem. Tenho vários exemplos na minha vida pessoal e profissional de pessoas que utilizaram o Sisu para ingressar na universidade, pois é um método coerente de seleção, nivelando os candidatos que estudam”, diz Marcos.    

Acesse a página do Sisu

Assessoria de Comunicação Social - (MEC) 18.01.2019

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