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Serviço de audioaulas tem conteúdos para o Enem explicados em menos de 20 minutos

A prataforma UBook lançou material voltado a vestibulandos

Rafael Otatti (à esquerda), coordenador do Enem para Ouvir, e o professor de filosofia e sociologia Paulo Andrade
Foto:
Agência O Globo
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Emily Almeida
Rafael Otatti (à esquerda), coordenador do Enem para Ouvir, e o professor de filosofia e sociologia Paulo Andrade Foto: Agência O Globo / Emily Almeida

RIO — No ano em que o estudante presta o vestibular, qualquer momento é transformado em oportunidade para estudar um pouco a mais e se preparar para as provas. Nem sempre ficar com um livro ou caderno em mãos é cômodo. E, mesmo assim, é possível revisar matérias no transporte público e até caminhando. Pensando nos intervalos ociosos e de deslocamento, a equipe do UBook (plataforma de audiolivros por streaming ) lançou, este ano, o Enem para Ouvir. O serviço reúne conteúdos das disciplinas do exame nacional em aulas com duração de cerca de 20 minutos.

A curadoria dos assuntos foi feita junto à equipe do Ao Cubo Colégio e Curso, na Tijuca. Os professores têm a tarefa de explicar as matérias sem recursos visuais. Pode parecer simples quando o assunto é literatura, história e geografia. Quando matemática, química e física são as disciplinas da vez, o jeito é explicar os conteúdos com o máximo de detalhes, convidar o aluno a fazer anotações rápidas no aplicativo e usar efeitos sonoros.

O diretor de conteúdo do UBook, Eduardo Albano, conta ter desenvolvido o Enem para Ouvir ao buscar alternativas com novas tecnologias para ampliar o serviço da plataforma para além dos audiobooks. A ideia surgiu ao observar uma parcela do mercado na contramão dos professores youtubers, isto é, dispensando os vídeos e apostando em cativar os alunos em momentos em que somente os fones de ouvido são o suficiente.

— A primeira coisa que pensamos é que o jovem tem que ler. Mas tem momentos em que não tem como. E mesmo assim é possível ter um conteúdo. Os professores gostaram da ideia e trouxeram referências a partir da observação dos próprios alunos — conta Albano. — Achamos que teria um preconceito, mas as escolas procuram se reinventar. O áudio é uma coisa velha, mas com uma forma de consumo que é muito fácil.

As 13 disciplinas contam com mais de cem áudios. Os assuntos mais complexos, demandando mais tempo, são apresentados em mais de um áudio para evitar de serem longos. O serviço é constantemente alimentado com novos conteúdos.

Um dos fundadores do Ao Cubo Vestibular, o responsável pela direção pedagógica da parceria e professor de física Rui Gomes Sá ressalta ser possível se preparar para os demais vestibulares com o Enem para Ouvir. Apesar do nome, o conteúdo não se restringe ao exame nacional.

— Começamos com os tópicos mais importantes do Enem desde 2009, em mini-aulas. Os alunos, nessa reta final, ouvem para revisar. O Enem está ficando conteudista, como outros vestibulares. Uerj, PUC e Fundação Getulio Vargas, por exemplo. Começamos pelo exame nacional por abranger todo o país — diz Sá, afirmando o papel da plataforma de complementar os estudos por outros meios. — Vai agregar, sem tirar nada. Tem que estudar em aula ou em casa também. Aqui estamos possibilitando mais uma ferramenta.

O plano mensal, com acesso a todo o conteúdo, está disponível para assinatura a partir de R$ 14,90, em dispositivos móveis, por meio do aplicativo, funcionando também off-line, e em computadores.

O professor de matemática e física Alexandre Azevedo deu aulas por 19 anos em diferentes cursinhos. Há um ano, Azevedo desenvolveu a Fábrica D e começou a trabalhar com a startup de educação on-line voltada para o Enem e para vestibulares como um todo, com assinaturas a partir de R$ 9,90.

— A nossa meta é que o primeiro ano de vestibular conosco seja também o último do aluno — afirma o idealizador da Fábrica D.

O método consiste em oferecer aulas ao vivo, que proporcionem vivências interativas, e gravadas em estúdio e em laboratórios, como nos casos de química e física.

— Sempre pensamos no aluno que não se sente à vontade ao ver vários mapas e gráficos no quadro verde. Por isso alternamos aulas convencionais com outras em que usamos ilustrações e lousa digital, para que o estudante tenha o melhor desempenho possível — comenta Azevedo.

A plataforma vai além. Um exemplo é o das aulas voltadas à graduação de Engenharia, nas quais são dados reforços de cálculo e álgebra linear, além de apoio ao conteúdo pré-militar para alunos no início do curso. A Fábrica D também oferece módulos preparatórios para vestibulares que exigem do aluno uma preparação diferenciada, como Fuvest, Unicamp, IME e ITA, além dos principais concursos públicos voltados para a área de economia.

Nos planos da startup estão previstas parcerias com escolas de ensino médio, onde as aulas serão usadas como apoio ao estudo dirigido.

Mais informações no site <www.plataformafabricad.com>.

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