(Atualizada às 15h20) O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou nesta quarta-feira que o massacre que deixou ao menos dez pessoas mortas na escola estadual Professor Raul Brasil em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, teria sido evitado caso os funcionários da escola estivessem com armas.
O senador, um dos mais destacados apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL), tem como suas principais pautas a revogação do estatuto do desarmamento e a redução da maioridade penal.
"Se os professores estivessem armados, e se os serventes estivessem armados, essa tragédia de Suzano teria sido evitada", disse Olímpio durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.
Em nota, Olímpio acrescentou que "a política desarmamentista fracassou" e aproveitou para também fazer a defesa da redução da maioridade penal. Ele é autor de projeto de lei que prevê a possibilidade de prender qualquer pessoa a partir dos 12 anos após avaliação psicológica.
Segundo a Polícia Militar, quatro estudantes e dois funcionários -entre eles a coordenadora- foram mortos na escola, em Suzano, e outros dois alunos morreram após serem levados a hospitais da região.
Os atiradores, dois ex-alunos se mataram.
Repercussão
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), usou as redes sociais para comentar o crime. “É com perplexidade que recebi a notícia do tiroteio no Colégio Estadual Raul Brasil, em Suzano-SP. Eu me solidarizo às famílias das vítimas e espero que as reais causas dessa tragédia sejam descobertas”, disse Alcolumbre por meio de sua conta no Twitter.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lamentou o ocorrido. “A tragédia de Suzano, hoje, mostra que é hora de o Brasil unir forças e competências para compreender o que houve e impedir a repetição de massacres como este. Precisamos ser solidários com as famílias, parentes e amigos das crianças e dos funcionários da escola Raul Brasil”, escreveu.
Maia prestou ainda solidariedade às vítimas e às famílias. “Meus pensamentos e toda a minha solidariedade estão com eles. Como homem público, também o meu empenho para desarmar espíritos, buscar convergências e levar paz à sociedade”, ressaltou Maia.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez, informou em seu perfil no Twitter que irá hoje para Suzano, na Grande São Paulo.
"Crianças e jovens são o bem mais precioso de uma nação. É inadmissível que sofram qualquer tipo de violência. O ambiente escolar deve ser sagrado", disse na postagem.
O ministro também disse que recebeu "com muita tristeza" a notícia do ataque e prestou sentimentos às famílias. "Expresso meu repúdio a essa manifestação de violência. Acompanharei de perto a apuração dos fatos", afirmou pelo Twitter.
Também pela rede social, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, prestou solidariedade às famílias das vítimas do massacre.
"Acordamos hoje com esta terrível notícia e estou estarrecida. Às famílias manifesto meu imenso pesar e coloco este Ministério à disposição para prestar todo o apoio necessário. Que Deus abençoe os que estão em atendimento para que sobrevivam", escreveu Damares.
Em uma segunda publicação, ela afirmou que "este é o momento de atender os feridos e confortar as famílias. Também é importante saber o que aconteceu. Nossas crianças e adolescentes estão em sofrimento. Este governo já estuda políticas públicas para enfrentar isto."
Outro ministro a se manifestar foi Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). Em nota, ele lamentou o atentado.
"O ministério da Justiça e Segurança Pública lamenta o grave atentado à escola estadual professor Raul Brasil, em Suzano (SP), que provocou o trágico assassinato de crianças e funcionários e presta solidariedade aos familiares neste momento de dor e tristeza", diz o comunicado.
"Os fatos ainda estão sendo apurados pelas autoridades competentes e o ministério se coloca à disposição do governo do estado de São Paulo", afirma o texto encaminhado pelo ministério.