Por G1 Grande Minas


Além do seminário, campanha realiza ações com jovens de forma decentralizada — Foto: Arquivo Pessoal

Crianças, jovens e adolescentes de escolas públicas de Montes Claros (MG) participam nesta quarta-feira (13) do 1º Seminário Infanto-Juvenil em Montes Claros. A ação, promovida pela prefeitura municipal, tem como objetivo orientar os estudantes sobre as formas existentes de trabalho infantil, além de apresentar políticas públicas que garantem os direitos deles. O evento terá início às 8h, na Câmara Municipal da cidade.

De acordo com Patricia Jabbur, coordenadora de Proteção Social Especial, o seminário deve contar com cerca de 200 pessoas, entre estudantes e professores da rede pública, e vai debater o tema: “Piores formas: Não proteger a infância é condenar o futuro!”.

“O nosso objetivo é passar para esses estudantes a grande importância que é valorizar o futuro na escola. Explicar para eles o porque não podem deixar de estudar para trabalhar e porque a criança não pode estar em situação de trabalho infantil. Além disso, queremos que os participantes da campanha se tornem multiplicadores do seminário”, explica.

A programação faz parte de uma campanha municipal, que conta com ações descentralizadas em vários locais da cidade. Durante todo o mês de junho, as atividades serão ampliadas. “Neste mês é celebrado o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, mas a ação é continuada e realizada a todo tempo com abordagens, visitas e ações nas escolas e comunidades de forma preventiva e educativa”.

Casos em Montes Claros

Patricia Jabbur estipula que existem cerca de duas mil suspeitas de trabalho infantil em Montes Claros, com casos que estão em processo de apuração.

"O que mais preocupa é o que essa demanda era mais facilmente encontrada na zona rural, e está cada vez maior na zona urbana. Estes jovens estão, na maioria, envolvidos com tráfico de drogas e a prostituição e nestes casos é mais difícil se ter uma abordagem de prevenção. Além disso, podemos encontrar crianças nestas situações também dentro da própria casa, onde os pais colocam os filhos com a obrigação de fazer os afazeres domésticos, privando estes de estudarem. Estas situações são as mais difíceis de serem descobertas".

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