Por Raquel Morais, G1 GO


Sem transporte escolar, alunos de bairro de Goiânia ficam sem ir às aulas

Sem transporte escolar, alunos de bairro de Goiânia ficam sem ir às aulas

Mesmo após duas semanas do início das aulas na rede pública em Goiânia, estudantes que moram no Sítio de Recreio Ipê, na zona rural, ainda não conseguiram ir às escolas por falta de van escolar. Pais afirmam não ter condição de deixar os filhos nas instituições de ensino. À TV Anhanguera, a Secretaria Municipal de Educação disse que providencia o transporte. O prazo não foi informado.

Ao G1, a pasta para informou atender 18 crianças com idades a partir de 5 anos e declarou que as vans estão em manutenção "para solucionar a questão". O Ministério Público abriu procedimento administrativo para investigar a situação.

O promotor Vagner Jerson Garcia oficiou o secretário de Educação, Marcelo Ferreiro da Costa, cobrando esclarecimentos. O prazo para providências é de 20 dias, contados a partir de 1º de fevereiro.

Pais afirmam que episódios semelhantes aconteceram em 2017. "O problema começou no ano passado. [A van] Começou a faltar por falta de combustível, às vezes a van estragava, e agora, desde o início do ano letivo, no dia 22, não teve nenhum dia de rota", disse a dona de casa Marta Cristina da Silva.

Rua que famílias precisam percorrer para esperar van escolar no bairro Sítio Recreio dos Ipês, em Goiânia; apesar da volta às aulas, transporte ainda não foi oferecido — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Não há linha de ônibus no bairro. A rua por onde as famílias precisam passar para chegar ao ponto da van escolar não tem asfalto. "Se não tiver a van, nós não levamos as crianças para a escola", afirmou uma mãe.

A reportagem da TV Anhanguera esteve no local e constatou que a escola mais próxima fica a cerca de dez quilômetros, em linha reta, do local. De carro, o tempo de deslocamento é de aproximadamente 40 minutos. Há mato alto na região.

"Sem a van, não temos condições de levar os nossos filhos, nossas crianças, para a escola. Não tem condição sem a van. Olha a situação disso aqui, não tem como", declarou a dona de casa Rosinete Oliveira.

Os pais decidiram fazer um abaixo-assinado para entregar no Ministério Público para cobrar melhorias no transporte escolar. O Conselho Tutelar foi procurado pelas famílias e disse estar tentando ajudar a resolver a situação.

"Não dá para ficar sem estudar. São famílias que querem o direito de estudar. São crianças que querem ir para a escola. Não podemos aceitar essa situação", disse o conselheiro tutelar James da Silva.

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