Sem citar Bolsonaro, Lula diz que estudantes 'conheceram o nazismo e o fascismo em 4 anos'; vídeo

Ministro da Educação, Camilo Santana foi vaiado pelos estudantes ao ser anunciado no evento

Por Gabriel Sabóia — Brasília


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Brenno Carvalho

Em pronunciamento durante o 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os presentes "conheceram em quatro anos o nazismo e o fascismo e viram como pode-se destruir a democracia neste período". Apesar de não ter citado o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a fala foi interpretada como uma "subida de tom" ao se referir ao seu antecessor.

No evento, Lula recebeu uma carta com reivindicações feitas pela UNE e prometeu trabalhar para que os problemas no setor sejam sanados e novos institutos de pesquisa e universidades sejam inaugurados. Também presente, o ministro da Educação, Camilo Santana, foi vaiado pelos milhares de estudantes. Diante do uníssono, Santana prometeu atender a uma das reivindicações apresentadas e afirmou que todos os reitores serão eleitos e empossados no Brasil.

— Voltei à presidência pela luta de vocês junto a mim, para recuperarmos este país. Vocês precisam compreender a importância da democracia. Vocês conheceram, em quatro anos, o nazismo e o fascismo. Viram como pode-se destruir a democracia em quatro anos. Aprendemos que a democracia pode não ser a coisa mais perfeita, mas não há nada como ela, em que podemos ver a pluralidade. É na democracia que vemos as manifestações. Voltaremos a fazer mais escolas tecnicas, laboratorias e universidades — disse o presidente.

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Camilo Santana é vaiado por estudantes

Diante das vaias para Santana, o ministro prometeu a eleição e convocação de reitores em universidades federais, o que diminuiu o número de vaias em seu pronunciamento. Durante o discurso do ministro da Educação, estudantes pediram a revogação do novo ensino médio e levantaram cartazes com imagens do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com os dizeres: “Lira inimigo do povo”.

Em relação ao novo ensino médio, Camilo disse:

— Eu suspendi a implantação do novo ensino médio no Brasil. E nós abrimos uma ampla escuta para ouvir estudantes. Foram 150 mil estudantes que participaram. Nós vamos sentar porque é um compromisso novo de termos o melhor ensino médio para os jovens desse país.

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