Durante a manifestação, os carros tiveram que desviar por ruas nas proximidades e uma motociclista passou pela calçada para contornar o bloqueio. Os alunos ainda tentaram impedi-la, mas a mulher não parou.

Segurando cartazes com a frase "Ar não é luxo e sim necessidade", os estudantes cobram da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) uma solução para o problema. Segundo eles, não há como manter a concentração durante as aulas em salas abafadas e, principalmente, nos meses nos quais o calor é mais intenso.

“A escola funciona em tempo integral e as salas são forradas. Sem ar-condicionado torna-se quase impossível assistir aulas”, falou o estudante Isaac Amon, que cursa o 3º ano do ensino médio.

Conforme a direção da escola, a unidade atende a 220 alunos, mas tem sido observada uma queda na frequência e o diretor da escola, Miquéias Alves atribui à falta de estrutura. "Os alunos evadem-se por conta da falta de estrutura, esperamos que isso seja solucionado em breve", cobrou.

Alguns estudantes relataram para a reportagem que já chegaram a ver merendeiras da escola passar mal devido ao calor na cozinha. A servidora Analice Barros trabalha há 9 anos na escola e contou que passa mal todos os dias quando os fogões são acesos na cozinha.

"Teve um tempo aqui que quatro funcionárias estavam de atestado por causa dessas condições. Uma delas ainda está de licença. Não reclamamos do trabalho, mas o ambiente não ajuda", relatou.

"A Seduc já iniciou um processo licitatório e estamos em fase de planejamento para iniciar a implantação dos climatizadores", informou Cátia Lemos, assistente do setor de engenharia da Seduc.