Enem e Vestibular
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Professores que fizeram a prova do Enem no segundo domingo do exame destacaram, entre os conteúdos escolhidos, as questões sobre a pandemia de Covid-19 e o uso de placas solares para a produção de energia. Essa foi a primeira vez que a crise sanitária global apareceu na prova de Ciências da Natureza do Enem, por conta de uma desatualização do banco de itens do Inep.

Foi cobrada uma análise do teste PCR, que ficou muito conhecido durante a pandemia por ser capaz de detectar a Covid-19, e o emprego do ozônio no processo de sanitização contra o coronavírus.

A partir das 15h30 deste domingo (20), os primeiros inscritos a entregarem a prova já começam a deixar os locais do segundo dia do Enem.

— A prova foi bem contextualizada, trazendo várias situações do dia a dia, de maneira que o aluno pudesse relacionar seus conhecimentos e conceitos das diversas áreas do conhecimento, tanto em Ciências da Natureza quanto em Matemática — afirmou Samantha Fechio, professora de Biologia do Sistema Positivo de Ensino.

A prova de Física, contou Samantha, teve questões de temas como Mecânica e Calometria. Neste segundo tópico, foi cobrado conhecimento sobre passagem de energia luminosa ou solar em elétrica, como uso de placas solares. Questões relacionadas a corrente elétrica também foram apresentadas. Na prova, segundo a professora, das 15 questões, só seis abordaram conceitos e não envolviam cálculo matemático.

O professor Vinicius Silveira, do Colégio e Curso AZ e Plataforma AZ de Aprendizagem, afirmou que não houve surpresa na prova de Física.

— Todos os conteúdos cobrados estavam dentro do que são esperados. Não houve novidades. Tivemos questões de ondas, circuitos elétricos, calorimetria, potência, energia, estática, colisões e eletromagnetismo — enumerou.

As questões de Química abordaram equações, ciclo biogeoquímico e ligações químicas

— Além disso, também houve questões utilizando aspecto do uso do ozônio como possibilidade para esterilização de ambientes contra o coronavírus. Das 15, 11 não exigiram cálculo matemático — afirmou Fechio.

— Em Biologia, a prova também teve questões muito contextualizadas. Caiu muito fisiologia, genética, doenças envolvendo protozoários, vermes e bactérias. Algo muito presente foi a presença do vírus, tanto como agente causador de doenças e a forma de utilização desse elemento a biotecnologia — contou Samantha Fechio.

Já para Vinícius Beltrão, coordenador de ensino e inovação do SAS, chamou a atenção o que ele considerou um baixo número de questões sobre meio ambiente, um tema que normalmente domina a prova do Enem.

— Não cobraram tantas. Mas tinha uma em especial que falava sobre a captação de luz solar com garrafa pet de Uberaba (MG) — conta. — Também tinha uma questão envolvendo o agente causador da doença de Chagas sendo estudado num processo para tratar o câncer e duas questões envolvendo a produção de etanol.

A prova também apresentou uma pergunta sobre o PCR, exame que ficou muito conhecido durante a pandemia de Covid-19, pela sua capacidade de identificar a doença.

— A questão apontava como é analisado, por meio dessa técnica, se a pessoa tinha tido contato com a doença ou não — diz a professora do Positivo.

Em Matemática, das 45 questões, dez não envolviam cálculos, apenas interpretação de gráficos e imagens. Um assunto muito comum foi geometria. A pandemia também apareceu em uma questão onde se usou uma equação de segundo grau para a identificação do índice de lotação de hospitais, como base de propagandas e divulgação de formas para a prevenção da doença.

Outros temas comuns da prova do Enem, como probabilidade, mediana, moda e sequência também foram cobrados.

— Tinha bastante matemática financeira, processo de venda em lojas, juros, porcentagem, venda de produtos em redes sociais. Tinha questões envolvendo a representação numérica de 1,35 bilhão. O esporte foi um tema bastante amplo nas duas áreas. Tanto o doping, quanto pontuação e rotina de treinos — diz Beltrão.

A avaliação será encerrada às 18h30. Os estudantes só poderão sair com o caderno de questões às 18 horas. Este ano, inscreveram-se 3,4 milhões de candidatos, mas só 2,4 milhões compareceram ao primeiro dia das provas, no domingo passado.

— Numa análise geral, a gente pode considerar que o nível de dificuldade é bem parecido com o do ano passado. A gente verifica uma tendência dos últimos anos de que o Enem não está primando por exageros em contas e nem em textos — afirmou Anderson Fernandes, professor de Física das Escolas SEB.

A partir das 18h45, o GLOBO terá um gabarito extraoficial do exame. As 90 questões de Matemática e Ciências da Natureza, das provas azul, branca, rosa e amarela, serão resolvidas por professores da Plataforma AZ de Aprendizagem, estarão disponíveis gratuitamente no site do GLOBO.

Além do gabarito, haverá uma transmissão online com professores comentando as questões. A live será aberta para todos os candidatos, que poderão enviar perguntas ao vivo pelo YouTube.

Os professores Alex Rmoa e Thiago Galrão, de Matemática; Vinícius Silveira e Daniel Avila, de Física; Marcelo Cruz e Julio Cesar, de Química; e Rafael Cafezeiro, de Biologia, participarão do encontro.

A live com a correção ao vivo das questões e comentários sobre as provas poderá ser acompanhada no vídeo abaixo e também nas redes sociais da Plataforma AZ.

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