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Secretários protestam contra suspensão de cronograma do novo ensino médio

Mais cedo, ministro da Educação se reuniu com o presidente Lula para falar sobre o assunto - Alan Marques - 31.jul.2015/Folhapress
Mais cedo, ministro da Educação se reuniu com o presidente Lula para falar sobre o assunto Imagem: Alan Marques - 31.jul.2015/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

04/04/2023 15h39Atualizada em 04/04/2023 16h05

O Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) se manifestou contra a possível suspensão das mudanças no Enem 2024 com o novo ensino médio.

O que aconteceu

Em entrevista ao Diário do Nordeste, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o MEC deve suspender qualquer mudança no Enem 2024.

O cronograma de implementação da reforma do ensino médio prevê que as mudanças nas salas de aula e no exame —principal porta de entrada ao ensino superior— acontecesse até 2024.

O MEC não divulgou nota oficial sobre a suspensão, mas a declaração de Camilo gerou reações diferentes —comemoração e preocupação.

Hoje, mais cedo, o ministro se reuniu com o presidente Lula para falar sobre o assunto.

Para o Consed, "qualquer decisão" relacionada sobre o novo ensino médio deve ser tomada após a consulta pública aberta no mês passado pelo MEC. O processo durará 90 dias.

Suspender o cronograma traz um risco de atraso que, no limite, pode até inviabilizar o novo Enem no próximo ano."
Nota divulgada pelo Consed

É importante recordar que o novo Enem foi constituído após longo debate em grupo de trabalho com a participação das redes
estaduais, do próprio Ministério da Educação, do Inep, e do Conselho Nacional de Educação."

Nota divulgada pelo Consed

O que é a reforma?

Aprovada em 2017 durante o governo Temer (MDB), a reforma do ensino médio prevê ampliação da carga horária e a possibilidade de parte das disciplinas ser escolhida pelos alunos fazem parte das mudanças.

Com as mudanças, a ideia era que a etapa se tornasse mais atrativa ao jovem e reduzisse a evasão escolar.

Quem é contra, no entanto, afirma que o modelo amplia as desigualdades e enfrenta obstáculos no processo de implementação nas escolas.