Rio

Retorno às aulas será gradual na Escola Daniel Piza

Alunos e professores farão atividades artísticas, esportivas, rodas de conversa e de poesia esta semana
Marca de tiro de fuzil na grade do acesso principal à escola Foto: PABLO JACOB / Agência O Globo
Marca de tiro de fuzil na grade do acesso principal à escola Foto: PABLO JACOB / Agência O Globo

RIO - O retorno às aulas na Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza, onde morreu a estudante Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, será gradual. No dia 7, em reunião com os pais dos 720 alunos da escola, professores e integrantes da direção da unidade estabeleceram um cronograma cuidadoso de volta às aulas, já que tornou-se necessário um trabalho de apoio emocional à comunidade escolar.

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O secretário municipal de Educação, Esportes e Lazer, César Benjamin, deu completa autonomia para os profissionais da escola estabelecerem a data do retorno das atividades escolares. Hoje, dia 10, será realizada uma reunião na sede da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), para avaliação e implementação das reivindicações da direção e dos professores da escola para atenuar a violência no seu entorno.

O secretário de Educação, Esportes e Lazer, César Benjamin, já disse vai atendê-los em tudo que for da alçada da sua Pasta. Ele também se comprometeu a conversar com os secretários de Saúde e de Cultura sobre os pedidos de um posto de saúde e de lona cultural.

Esta semana, alunos e professores farão atividades artísticas, esportivas, rodas de conversa e de poesia, com apoio da equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas (Proinape). A partir do dia 17, haverá uma programação especial de múltiplas oficinas integradas e adaptadas ao currículo escolar.

O desenrolar de uma tragédia
Como Maria Eduarda morreu, segundo colegas e funcionários da escola
A equipe se divide em duas, e, minutos depois, começa um tiroteio. Segundo alunos, PMs atiram em direção à escola
Policiais do 41º BPM (Irajá) chegam à Avenida Pastor Martin Luther King Jr. num caveirão para dar início à operação
Escola
Provável posição dos atiradores
A Divisão de Homicídios identificou outro policial envolvido na morte de Maria Eduarda. O terceiro estaria na rua em frente à escola
Maria Eduarda é baleada. Um vídeo mostra dois policiais matando a tiros dois homens junto ao muro da unidade
Suspeitos
Pavuna
Um alvo inocente
Direção
dos tiros
Locais dos
ferimentos
Escola
Escola
Maria
Eduarda
Suspeito 1
MURO
Suspeito 2
Rua
No momento dos disparos, Maria Eduarda se encontrava a aproximadamente dez metros de distância dos dois homens baleados por policiais em frente à escola
A estudante estava numa altura superior: o pátio da escola fica um metro e meio acima do nível da calçada. Por isso, o muro não impediu que tiros a atingissem
Segundo os estudantes, ela corria do portão principal para o pátio, de costas para a Avenida Professora Sá Lessa, quando foi atingida por disparos
Inquérito policial
Imagens mostram marcas compatíveis com projétil de arma de fogo
Laudo
Policial
Impacto na grade localizado em cima do muro próximo aos suspeitos 1 e 2
Perfuração do lado externo da coluna do portão de acesso ao pátio da escola
Na mesma coluna do portão, há uma perfuração do lado interno
Laudo
Policial
Impactos na parede da área interna do pátio onde estava Maria Eduarda
O desenrolar de
uma tragédia
Como Maria Eduarda morreu, segundo
colegas e funcionários da escola
Escola