Por Anna Beatriz, RJ2


As máscaras serão exigidas nas escolas da capital fluminense, que se preparam para a volta às aulas totalmente presenciais

As máscaras serão exigidas nas escolas da capital fluminense, que se preparam para a volta às aulas totalmente presenciais

Os alunos da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro vão retornar às aulas presenciais, sem distanciamento, nos próximos dias. A Secretaria Municipal de Educação vai seguir a orientação do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio, que recomendou o retorno pleno das atividades em todas as unidades de ensino públicas ou particulares.

Apesar do fim das aulas online e do esquema de rodízio de alunos em sala, os estudantes e profissionais da educação ainda serão obrigados a utilizarem máscaras no ambiente escolar.

Segundo a prefeitura, para a decisão, os especialistas consideraram a melhora do cenário epidemiológico no Município do Rio, com menor taxa de transmissão e hospitalizações por covid-19, e o avanço da cobertura vacinal da população.

"Se o aluno chega sem máscara nós temos a disponibilidade de entregar uma máscara para o aluno. Todos os professores e profissionais de educação já foram imunizados. Ou seja, já receberam as duas doses, isso desde setembro. E nos alunos nós conseguimos garantir a partir dos 12 anos ter a vacinação da primeira dose", comentou Renan Ferreirinha, secretário de educação do Rio.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Infantil, Frederico Venturini, acredita que o avanço da imunização é um ponto positivo para a volta das aulas 100% presenciais.

"Os alunos já foram bastante prejudicados devido ao tempo de afastamento. Todos sabemos que a interação é fundamental no processo de aprendizagem. Os profissionais da educação já estão vacinados", disse Frederico Venturini.

A autorização vale para todas as unidades de ensino do Rio.

"Nós temos a segurança de recomendar o fim do distanciamento nas escolas e o retorno do ensino presencial pleno para todos os níveis de ensino, do nível infantil até a universidade. Inclusive, a gente recomenda isso para as escolas estaduais, federais e municipais", disse Daniel Becker, sanitarista membro do comitê científico da Prefeitura do Rio.

Sindicato critica a retomada

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) se manifestou contrário a retomada das aulas presenciais no Rio de Janeiro. O entendimento da categoria é diferente da posição da Prefeitura do Rio.

A coordenadora do SEPE na capital do estado, Joselma Brito, é contra a orientação do município. Segundo ela, falta estrutura física para garantir o distanciamento entre os alunos, por exemplo.

"Nós não concordamos com esse retorno porque nossas escolas não têm estruturas adequadas. As salas são superlotadas então esse anúncio à normalidade coloca muitas vidas em risco porque as crianças retornam para as suas casas e podem ser vetores para os seus familiares. Nossas escolas não foram reformadas durante a pandemia. Tem escolas que não abrem as janelas e por isso nós não concordamos com esse retorno precipitado", disse Joselma.

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