Política

assine e leia

Resgate bem-vindo

Após o desmonte promovido por Bolsonaro, o programa Mais Médicos é relançado pela ministra Nísia Trindade

Recomeço. Os primeiros contratados irão atender os indígenas em Roraima, mas a ideia é suprir a falta de profissionais em todos os municípios brasileiros - Imagem: Fernando Frazão/ABR e Redes sociais
Apoie Siga-nos no

A crise humanitária do povo Yanomâmi levou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a antecipar o retorno do Mais Médicos, destinado a prover profissionais de saúde nas regiões mais desassistidas do País. Bastou o governo anunciar o envio de 14 médicos para cuidar da população indígena em Roraima para o bolsonarizado Conselho Federal de Medicina, o mesmo que fechou os olhos para o uso de drogas ineficazes contra a Covid-19 e depois criou obstáculos para comprovadas terapias à base de cannabis, renovar a oposição ao programa. Em comunicado, a entidade promete tomar “providências imediatas” para recorrer da decisão judicial que autorizou a extensão de contratos de intercambistas.

Diante da oportunidade de colaborar para a resolução da falta de assistência médica em áreas remotas do Brasil, o CFM optou por repetir o erro de anos atrás, quando insuflou a categoria para resistir à vinda de profissionais estrangeiros para reforçar o atendimento à população. Em 2013, uma turba de jalecos brancos chegou a vaiar e chamar de “escravos” os médicos cubanos que desembarcavam no aeroporto de Fortaleza. Um gesto vexaminoso e incompreensível, pois desde o primeiro momento o programa deu preferência à contratação de brasileiros. Os intercambistas só eram chamados para os locais onde os nativos se recusavam a ir.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo