Política
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Por Guilherme Caetano — São Paulo

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, aceitou o convite para integrar o gabinete do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a partir de 2023. Ele vai comandar a pasta análoga.

Feder deve continuar no governo de Ratinho Júnior (PSD) até o fim do ano, mas já foi incluso no grupo de WhatsApp da equipe de transição de Tarcísio. A ideia é que ele ajude o governador paranaense a encontrar um sucessor para o cargo. O mais cotado é o diretor de Educação do Paraná, Roni Miranda Vieira.

O secretário nasceu em São Paulo, é mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Também já havia atuado como assessor especial da Secretaria de Estado de São Paulo.

Tarcísio conheceu Feder em Brasília no ano passado e gostou do seu perfil. Desde então, mantiveram contato. Quando o Paraná conquistou o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o Ensino Médio, neste ano, o ex-ministro da Infraestrutura foi um dos primeiros a parabenizá-lo.

Ele foi cogitado em 2020 para substituir o ex-ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro Abraham Weintraub. O nome escolhido, no entanto, foi do pastor evangélico Milton Ribeiro, após Carlos Alberto Decotelli ser descartado.

A resistência a Feder naquele momento veio de sua proximidade com o então governador paulista João Doria. Em 2016, Feder financiou a candidatura à prefeitura de Doria na capital paulista, doando R$ 120 mil à campanha do tucano.

Feder foi alvo de duas denúncias do Ministério Público sob acusação de sonegação fiscal de uma empresa da qual é sócio, a Multilaser, em um total de R$ 22 milhões. A empresa nega ter praticado sonegação, e o empresário alega ser acionista minoritário.

O secretário foi denunciado tanto pelo MP do Rio como pelo MP de São Paulo, pois a Multilaser não teria recolhido os valores devidos de ICMS para os cofres públicos desses estados.

Em livro que renega, Feder já defendeu fim das escolas públicas

Ele é coautor do livro "Carregando o elefante: Como transformar o Brasil no país mais rico do mundo", em que ele defende privatizar todas as escolas e universidades públicas, implantando um sistema de vouchers.

"Para cada aluno matriculado em ensino fundamental, o governo paga uma bolsa diretamente à escola. Cada escola pode optar se receberá apenas a verba do governo ou se cobrará uma taxa extra", escreveu.

Ele também defende na obra abolir todos os governos estaduais, legalizar todas as drogas hoje proibidas, privatizar todas as estatais, todos os hospitais e todos os presídios do país.

Auxiliares próximos dizem, no entanto, que ele se arrepende de ter escrito o livro, publicado em 2007, já que era "muito novo" e que mudou seu posicionamento ideológico desde então. Antes libertário, hoje ele se define como liberal-social.

Como secretário no Paraná, ele implementou em 2021 as disciplinas de educação financeira, programação e empreendedorismo nas escolas estaduais. A rede comporta cerca de 1 milhão de alunos.

Em sua gestão também houve a ampliação de escolas com ensino integral, implementação de novos turnos de merenda escolar e um programa de combate ao assédio sexual nas escolas.

Como O GLOBO mostrou, há uma disputa entre diferentes grupos pelas 23 secretarias que devem compor o gabinete de Tarcísio. Os apoiadores de Bolsonaro estão insatisfeitos com a influência do presidente do PSD, Gilberto Kassab, sobre os rumos da transição.

Bolsonaristas esperavam emplacar nomes mais alinhados a Bolsonaro, enquanto Tarcísio tem preferência por perfis mais técnicos. O coordenador da transição, Guilherme Afif Domingos, é considerado uma força própria, capaz de barrar indicações de grupos como o dos Republicanos (partido de Tarcisio), aliados do atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) e os próprios bolsonaristas.

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