Por Sílvio Túlio, G1 GO


Escola estadual está há oito anos em reforma, em Buriti Alegre

Escola estadual está há oito anos em reforma, em Buriti Alegre

Alunos da escola Estadual Padre Nestor maranhão Arzola aguardam há 8 anos pela conclusão de uma reforma na unidade, em Buriti Alegre, região sul de Goiás. Por conta da situação, o local é tomado por várias situações improvisadas. A cantina onde é preparado o lanche dos estudantes, por exemplo, teve que ser montada em uma das salas de aula.

O trabalho começou em 2009, mas nunca foi concluído. O colégio se transformou em um grande canteiro de obras, mas que não recebe operários há bastante tempo. "Está muito difícil, mas a gente vai levando", reclama a merendeira Rosirene Morais.

Vários vidros estão quebrados, lâmpadas sem luminárias e parte da fiação está exposta. A rampa de acessibilidade termina em uma grade e a área dos novos banheiros virou depósito de mesas e carteiras.

A escola tem 900 alunos e é única da cidade com ensino médio. A aluna Natália Almeida, que estuda na instituição há quase uma década teme sair sem ver o local arrumado. "Fiquei sete anos aqui e não consegui estudar em uma escola reformada e bem estruturada", lamenta.

Reforma de escola pública se arrasta há 8 anos e faz sala de aula virar cantina — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Ajuda para melhorias

Como o poder público não realiza as benfeitorias, os próprios alunos, pais e professores se unem para terem algum tipo de melhoria. O tecido usado nas cortinas das salas de aula foi doado.

Já a instalação de ventiladores também teve que ser bancada pela comunidade. "Cada aluno contribuiu com R$ 5 para fazer a instalação", revela a estudante Letícia Santos.

A professora Cláudia Ferreira afirma que a situação precária atrapalha o ensino. “Quando a gente toma alguma medida, alguma atitude, pinta uma sala, a gente vê o reflexo neles. Eles gostam e ficam satisfeitos”, pontua.

Várias salas da escola parecem canteiros de obras, só que sem trabalhadores — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Respostas

Em janeiro deste ano, a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) afirmou que iria repassar R$ 150 mil para uma reforma emergencial na unidade. No entanto, o dinheiro ainda não repassado.

À TV Anhanguera, a Seduce não informou porque a verba ainda não havia sido repassada, mas prevê a liberação do recurso até o mês de junho.

A secretaria destacou ainda que o projeto de conclusão da reforma foi licitado e está em fase de homologação para ordem de serviço. Porém, não há uma data para que ele saia do papel.

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