Rio Bairros

Reforço escolar: na volta às aulas presenciais, muitos alunos vão precisar

Avaliação personalizada ajudará escolas a identificar lacunas no aprendizado dos jovens
Marcela Mourão, coordenadora pedagógica na Escola Nova Foto: Divulgação
Marcela Mourão, coordenadora pedagógica na Escola Nova Foto: Divulgação

RIO - A avaliação personalizada dos alunos, aplicada logo após o retorno às aulas presenciais, possibilitará aos educadores ter uma visão global da cada um, resultando em um diagnóstico que facilitará as reposições necessárias de conteúdo, com possibilidade de aulas complementares aos sábados e/ou no contraturno. Para Pedro Rocha, coordenador pedagógico do Pensi, no cenário de educação atual, no qual estudantes foram obrigados a se adaptar a um novo modelo de ensino, é de se esperar que tenham ficado algumas lacunas de aprendizagem.

— Buscamos ações que atendam à demanda específica de cada aluno. Naturalmente, com os aprendizados e as ferramentas digitais aperfeiçoadas durante o isolamento, novos mecanismos podem ser pensados: diagnósticos frequentes, testes de verificação de aprendizagem e retomada dos conceitos vistos remotamente. Também buscamos ter um termômetro da evolução dos alunos, para então sermos mais assertivos nos processos de revisão personalizada — afirma Rocha.

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Marcela Mourão, coordenadora pedagógica na Escola Nova, com unidades na Gávea e no Jardim Botânico, diz que nos casos dos alunos que seguem um Plano Educacional Individualizado (PEI), serão respeitadas as possibilidades de cada aluno e de cada família:

— Nosso intuito foi ajustar, de forma personalizada, a estratégia on-line mais adequada para cada contexto familiar. Como acreditamos na parceria escola, família e equipe multidisciplinar, em muitos casos o ajuste fino foi feito em equipe.

Ela acrescenta que a maioria dos alunos é incentivada a acompanhar as aulas on-line, integral ou parcialmente, junto com a turma.

— Com aqueles em que isso não se mostrou eficaz, por diversas peculiaridades, optamos por atividades individualizadas e mais flexíveis. Além disso, quando há necessidade, agendamos orientações de estudo com a nossa equipe de inclusão on-line — explica.

Luisa Cortes, professora do período estendido do fundamental II do Ceat, em Santa Teresa, diz que o acompanhamento individual em contraturno vem sendo feito com todos os alunos em tarefas de casa e nos estudos das disciplinas:

— Por exemplo: temos um aluno do 6º ano com dificuldade de escrita. Além dos exercícios, nós o incentivamos a escrever um blog, para despertar o interesse. Ele desenvolveu histórias e seus próprios personagens, melhorando o aprendizado.

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