Reforço escolar é o maior desafio, dizem professores e gestores
Prática para recuperar o tempo perdido na pandemia é essencial para geração de estudantes não ficar para trás

À medida em que a rotina de estudos e a volta do ensino presencial se tornou uma realidade em todos os estados brasileiros, a da pandemia vai se tornando apenas uma lembrança na vida de alunos e professores das redes pública e particular de ensino. O tempo afastado, contudo, trouxe dificuldades de aprendizado que ainda repercutem nas salas de aula. Segundo a UNESCO, durante o período, mais de cinco milhões de alunos ficaram afastados da escola, que agora enfrenta o desafio de se reinventar para recuperar o tempo perdido.
Para obter respostas, o Instituto Educbank, uma instituição de fomento para educação básica com atuação na America Latina, lançou um estudo em que perguntou para professores e gestores da área o que está dando certo, o que deveria mudar e o que deveria simplesmente ser abandonado.
A pesquisa ouviu 1 532 educadores das redes públicas e particular. Dois terços disseram que não se deve mais associar excesso de conteúdo com qualidade de ensino, oito em cada dez acreditam que a tecnologia é um aliado importante que deve ser cada vez mais utilizado nas salas de aula e outros dois terços defendem que a escola deva ser pautada pela criatividade, inovação, com ensino estruturado em torno do projetos.
No que diz respeito aos desafios para garantir uma boa educação no futuro, a pesquisa ouviu gestores e professores. O primeiro grupo se preocupa com o planejamento das ações escolares ao longo do ano letivo, com maneiras de assegurar que os alunos recebam aulas de reforço para recuperar o tempo perdido e com a capacidade técnica do corpo docente.
Já os professores relatam que manter-se atualizado é a maior preocupação, bem como o envolvimento das família na vida escolar das crianças (algo que nem sempre se mostra possível, principalmente na esfera pública).