Por g1 PI


Reduzir desigualdade entre cidades é um dos desafios na área da educação no Piauí, diz especialista — Foto: IGOR ALECSANDER/GETTY IMAGES

Bom Jesus, Teresina e Oeiras são cidades que se destacam nacionalmente na educação básica pública. Contudo, essa não é a realidade da maioria dos municípios piauienses. O Piauí ainda possui muitos obstáculos a serem superados na área da educação e, um dos principais deles, segundo o líder de Relações Governamentais da organização Todos Pela Educação, Lucas Hoogerbrugge, seria a redução da desigualdade entre os municípios.

O Piauí, de acordo com o especialista, apresenta boas políticas educacionais como, por exemplo, a expansão do tempo integral e do ensino técnico profissional. Há também o início de uma política de apoio aos municípios através de um regime de colaboração na educação. No entanto, Lucas afirmou que esses incentivos devem chegar de forma igualitária a todos os municípios.

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“Os municípios do Piauí ainda são muito desiguais. Há alguns com os maiores indicadores de IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de aprendizagem do país e municípios entre os piores. Então, o Estado vai precisar ter uma atitude muito forte de apoio a esses municípios na redução da desigualdade. Não é tolerável que você tenha um país ou estado em que municípios possuam IDEB nota dois ou três e outros com IDEB seis ou sete. A gente precisa pegar quem está atrás e dar uma força maior para eles conseguirem crescer juntos”, declarou.

Uma equipe do Todos Pela Educação esteve neste mês em Teresina para discutir sobre políticas educacionais com os políticos que irão se candidatar neste ano a cargos no Piauí. Lucas Hoogerbrugge se mostrou otimista com os debates, mas ressaltou ser indispensável que a população cobre projetos de política pedagógica dos candidatos durante o período eleitoral.

“Acredito que a educação é um tema prioritário para a maior parte dos pré-candidatos e gestores, mas temos que ver se ela terá espaço entre as outras pautas. Precisamos, como sociedade civil, organizar-nos para cobrar quais são as propostas e que a educação esteja na pauta”, ressaltou.

Problemas agravados pela pandemia

Taxa de conclusão do ensino médio no Piauí caiu em 2021 em relação a 2022 — Foto: Reprodução/Todos pela educação

A educação foi um dos setores que mais sofreram impactos negativos pela pandemia da Covid-19. Durante o período de isolamento social, houve novos desafios e o agravamento de problemas antigos como, por exemplo, a evasão escolar.

No Piauí, a taxa de conclusão do Ensino Médio aos 19 anos caiu de 68,9% em 2020 para 65,4% em 2021. Os dados do IBGE/Pnad Contínua, compilados pelo Todos Pela Educação, mostram uma queda de 3,5%, após quatro anos consecutivos de crescimento.

Segundo o especialista, uma das formas de sanar este problema é a busca ativa.

"Esse primeiro reflexo, visto em 2021, também deve se apresentar em 2022, e é por isso que defendemos que os gestores trabalhem fortemente na busca ativa, trazendo esses estudantes de volta à sala de aula, para eles concluírem o ensino médio”, pontuou Lucas.

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