De Boa no Enem 2022

Por G1 RN


Professor dá dicas de como se dar bem na redação do Enem — Foto: Cileide Siqueira

Temida por muitos candidatos, a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é considerada uma das mais importantes de todo o concurso. A banca examinadora propõe um texto dissertativo-argumentativo, que deve ser escrito em até 30 linhas, apresentando uma intervenção para um problema de conjuntura social.

Tão importante quanto cronometrar o tempo, controlar as emoções, seguir os textos motivadores e entender as regras de construção textual, como organização de parágrafos de introdução, desenvolvimento e conclusão, é atentar-se para a prática de algumas estratégias que podem ser adotadas durante o período de preparação para o tão aguardado dia da prova. Ler e estudar a Constituição Brasileira de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, podem ser um caminho promissor na busca pela nota 1000.

“Ter conhecimento da Constituição, do ECA e dos Direitos Humanos, além de garantir ao candidato uma clareza acerca dos direitos e deveres como cidadão, proporciona também um arcabouço jurídico absolutamente significativo e que, na redação, funciona como argumento de autoridade. Ele é fundamental para que o indivíduo consiga expressar-se em níveis argumentativos. O argumento jurídico desses três documentos é a base para o início de quase todos os temas de produção textual”, lembra o professor de Língua Portuguesa das duas unidades do Colégio Salesiano de Natal, Frederico Lima.

Reescrever textos produzidos ao longo do ano é outra ideia bem-vinda e que deve ser replicada pelos inscritos no Enem. A estratégia, segundo o professor Frederico, facilita a detecção de erros através da análise minuciosa das competências cobradas pelo Exame, que são: domínio da escrita formal da língua portuguesa; compreender o tema e não fugir do que é proposto; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e respeito aos direitos humanos.

“Se você simplesmente lê, você esquece mais rápido. Se você refaz, você está reproduzindo e criando um canal entre mente e escrita, o que é fundamental para a sedimentação de determinados conhecimentos que são necessários para atingir a nota máxima. Isso também ajuda o candidato a conseguir ter mais noção de espaço textual”, acrescenta.

Estudando de forma remota por conta da pandemia, Leonardo Araújo, de 17 anos, segue à risca as orientações do professor Frederico Lima. Assim como muitos candidatos, o adolescente está na expectativa de tirar a nota máxima na redação e de ser aprovado em medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Espero que o tema da redação deste Enem seja tão surpreendente quanto o do ano passado, que abordou sobre a democratização do acesso ao cinema no Brasil. Estou muito confiante, pois escrevo bastante durante a semana, corrijo minhas redações, aprendo com meus erros e sinto-me preparado para tirar a nota mil”, garante o futuro universitário.

Leonardo Araújo, de 17 anos, está se preparando para o Enem — Foto: Arquivo pessoal

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