REC'n'Play leva shows, palestras e experiências tecnológicas para o Bairro do Recife
O desenvolvimento de jogos digitais na educação é um dos temas abordados no Festival REC'n'Play. De acordo com a Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames), o Brasil é o maior mercado de games da América Latina e tem atraído cada vez mais investimentos. O REC'n'Play acontece em mais de 20 prédios e nas ruas o Bairro do Recife, até o sábado (19) - veja vídeo acima.
Nesta quinta-feira (17), o professor de informática Daniel Rodrigues foi ao evento para falar sobre a tendência dos jogos digitais, que podem ser usados no ambiente escolar para melhorar o aprendizado.
"Para os alunos, eu sempre passo a eles o que tem de novidade no mercado. O mercado de informática, de programação de software, está em constante mudança. Se você não se atualizar, vai ficar para trás", disse.
Foi pensando nisso que a estudante Juliana Campos resolveu mudar de área. Ela se formou em direito, mas começou a cursar artes visuais, e, agora, quer seguir carreira no mundo dos jogos eletrônicos.
"Antigamente, era só um hobby. Depois, quando eu vi a grandiosidade que isso se transformou, eu pensei: por que não? Fazer algo que você gosta e que, ao mesmo tempo, te dá um retorno. É muito gratificante", declarou.
Os organizadores dizem que o REC'n'Play é um "carnaval do conhecimento". A comparação com a festa é porque o Bairro do Recife recebe a estrutura e o público vai em peso participar. São 740 atividades, entre oficinas, cursos, debates, palestras, rodadas de negócios e shows.
São esperadas, ao longo do festival, 40 mil pessoas, que vão ao evento para conhecer experiências transformadoras de presente e de futuro.
Embora acabe no sábado, o REC'n'Play deixa um legado de inovação, como o "Smartlet", um espaço de convivência, onde é possível carregar o celular e usar o notebook com internet Wi-fi de alta velocidade gratuitamente. Tudo isso de forma sustentável, com energia solar.
'Smartlet': espaço que oferece internet e energia de graça, no Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
O espaço tem capacidade para 20 pessoas e fica entre o Cais do Sertão e o Centro de Artesanato de Pernambuco. É um projeto de urbanismo tecnológico em forma de espaço de convivência. As placas de energia solar geram 600 quilowatts por mês, que é o consumo de uma casa de porte médio.
"É até inacreditável, porque a gente não está acostumado a ver um espaço tão tecnológico e completamente sustentável", disse a jornalista Giovanna Carneiro, que aproveitou o espaço nesta quinta-feira.
Além de tudo, o festival tem lugar para gente de todas as áreas. Um exemplo é a esteticista e fisioterapeuta Jane Castro, que foi com as amigas ao REC'n'Play para se reciclar. Ela acredita que as experiências adquiridas no evento vão ajudar a atrair novos clientes.
"Aqui, a gente vai agregar todos os nossos conhecimentos com a tecnologia, e ver como a gente pode ampliar e melhorar no nosso trabalho", declarou.