Por G1 Caruaru


Raquel Lyra diz que fez o possível para atender demanda dos professores

Raquel Lyra diz que fez o possível para atender demanda dos professores

A prefeita de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, Raquel Lyra, concedeu entrevista sobre a situação dos professores da Rede Municipal de Ensino. Sintetuc e Sismuc, dois sindicatos que representam a categoria na cidade, reclamam de uma lei que foi aprovada na Câmara. De acordo com a tucana, foi garantido a regulamentação do pagamento do piso para os docentes.

Segundo Raquel Lyra, o projeto contempla a maioria. "Foram beneficiados mais de 800 professores. Ficaram de fora, cerca de 400 que já ganham acima do piso e com eles, nós tivemos o compromisso, a partir da mesa de negociação, de estudar as possibilidades, a partir das contas que a gente precisa fazer no município. Não estamos num momento fácil de fazer ou não reajuste. Mas o realinhamento do piso foi feito para os que ganhavam abaixo do piso", disse.

O outro lado
Os sindicatos discordam da opinião da gestora. Coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Caruaru (Sinteduc), Fred Santiago, disse que o número dos professores que não recebem acima do piso é maior. Segundo ele, há mais de 1.200 contratados que recebem um salário mínimo.

"Os efetivos que recebem acima do piso é por progressão da carreira. Todas as vezes que se repassa o percentual do piso para quem tem o básico e não para todos os professores, o salário é congelado de quem tem progressão, por tempo de serviço ou pós", disse.

O Sintetuc realizou assembleia na quinta-feira (4) e definiu que vai manter a redução do tempo das aulas para 30 minutos; estado de greve; calendário de mobilizações; elaboração de relatório sobre as condições de trabalho nas escolas municipais; e dia de reunião com os pais convocado pelos professores.

Já o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caruaru (Sismuc) realiza uma assembleia nesta sexta-feira (5) para definir os rumos da categoria. O presidente da entidade, Eduardo Mendonça, também discorda dos argumentos da gestão.

"Entramos para o quarto ano, com quase 40% dos professores com salários congelados. A prefeitura passou por cima das tabelas que criam os difentes níveis e classes, isso faz com que os professores percam o estímulo de qualificar-se", disse.

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