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Priscila Cruz


Priscila Cruz

Quem quer economia forte, quer Educação Já!

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Imagem: FreePik Images

29/08/2018 13h18

Uma das frases que mais ouvimos, principalmente em ano de eleição, é “a Educação é a base de tudo”. Ainda que a sentença seja verdadeira, contraditoriamente, poucas são as pessoas que fazem sua parte ou que incorporam a causa da Educação em suas vidas. Precisamos avançar do consenso retórico rumo à ação.

Para que o Brasil promova de forma sustentável seu desenvolvimento social, precisamos, de uma vez por todas, colocar a Educação como pilar central de nosso projeto de Nação. Com essa certeza, nasceu o Educação Já!, uma iniciativa suprapartidária liderada pelo Todos Pela Educação, que pôde comprovar pela história que, até aqui, muito tempo foi perdido.

Queremos que nos próximos anos a Educação dê um salto. E, assim, faça com que o Brasil salte junto. Para ampliar e qualificar o debate sobre esse assunto, o Todos Pela Educação realizará, em parceria com a Revista Exame, o Exame Fórum 2018, que acontecerá no próximo dia 3 e discutirá a relação entre economia e Educação. O encontro reunirá especialistas desses dois tema: empresários e candidatos à Presidência da República.

Entre os convidados estará Nuno Crato, ex-ministro da Educação de Portugal, um país que conseguiu grandes avanços na área educacional nos últimos anos. Levaremos ao Fórum a proposta do Educação Já! e um convite para os presidenciáveis colocarem em prática um conjunto de ações e políticas públicas capazes de impulsionar o avanço de qualidade e equidade tão necessário para a Educação no Brasil.

O grande desafio é que a Educação deixe de ser a causa de um só setor para ser a de todos, inclusive do econômico e das empresas. E não precisamos esperar grandes mudanças para fazer isso. As empresas que quiserem contribuir com uma Educação Pública de qualidade para todos podem começar fazendo sua parte desde já, efetuando pequenas e médias mudanças em suas políticas, interna e externa:

  •  Olhando para os próprios funcionários: ofertar boa creche para as mães trabalhadoras; ter licença maternidade e paternidade; autorizar saídas de funcionários homens e mulheres para levar seus filhos ao médico ou ir às reuniões da escola;
  • Olhando para a comunidade: os empresários devem tentar entender quais são as necessidades das escolas públicas do entorno e, em parceria com a secretaria educacional, apoiar a comunidade escolar; eles também podem dar suporte a bibliotecas, quadras e centros culturais públicos, por exemplo;
  •  Criando instituições de apoio: essas organizações podem apoiar ONGs ou até desenvolver projetos próprios voltados para a causa educacional;
  •  Promovendo articulação: na interlocução com os governos (Municipal, Estadual e Federal), as empresas devem considerar, entre suas demandas, a Educação de qualidade para todos.

Priscila Cruz