As pessoas com 25 anos ou mais correspondem à maior parcela da população do Acre. E, conforme o levantamento, 49,2% desse grupo não chegou a concluir o ensino médio.

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Apesar disso, o resultado da PNAD Contínua de 2022 apresenta uma melhora em relação a 2019, data da última pesquisa. Na época, 55,1% dos acreanos com 25 anos ou mais não tinham concluído o ensino médio.

Esta é a primeira divulgação do módulo de Educação após a pandemia.

A pesquisa mostrou que 50,8% dos adultos acreanos com 25 anos ou mais concluíram, no mínimo, o ensino médio, em 2022. Essa é a primeira vez, na série histórica da pesquisa, que esse percentual ultrapassa 50% da população.

Mesmo assim, o estado ficou abaixo da média brasileira que atingiu 53,2%. Destaca-se também o percentual de pessoas com o ensino superior completo no estado, que subiu de 16,8% em 2019 para 20,3% em 2022.

Entre aqueles que não completaram a educação básica no estado, 10,6% não tinham instrução, 27,4% tinham o ensino fundamental incompleto, 6% tinham o ensino fundamental completo e 5,2%, o ensino médio incompleto.

No estado, o número de mulheres de 25 anos ou mais com ensino médio completo (54,8%) é maior que o de homens na mesma faixa etária (46,6%). Em relação à cor, 60,7% das pessoas brancas concluíram o ensino médio, já entre pessoas pretas e pardas este percentual cai para 48,6%.

Do total de acreanos com 25 anos ou mais que não concluíram, no mínimo, o ensino médio, 84% são pessoas pretas e pardas e 13,8% brancas.

Nos últimos anos, a taxa geral de escolarização da população acreana caiu em quase todas as faixas etárias. Conforme os dados, nas crianças de 0 a 5 anos a taxa recuou de 42,3% para 38,5% entre 2019 e 2022. De 4 a 5 anos foi de 77,4% para 75% no mesmo período e de 25 anos ou mais caiu de 7,2% para 6%.

Houve avanço na escolarização na faixa etária entre 15 e 17 anos. Em 2019, 84,6% da população nesta faixa etária estava frequentando a escola; em 2022, o número chegou a 89%.

O Acre registrou em 2022 a maior taxa de analfabetismo da região Norte: 8,5%. Essa taxa representa um recuo de 2.4 ponto percentual em relação à registrada em 2019, data da pesquisa anterior. Na época, 10,9% da população acreana com mais de 15 anos era analfabeta.

Conforme os dados, cerca de 57 mil pessoas no Acre, com idade entre 15 anos ou mais, são analfabetas. Na pesquisa anterior, esse número era de 68 mil acreanos.

Ao g1, a Secretaria Estadual de Educação (SEE) afirmou que sabe da importância que é proporcionar oportunidade de alfabetização àqueles que não sabem ler e escrever.

"Durante a pandemia, o Acre passou por diversos desafios. Porém, com a retomada do ensino presencial e os investimentos que o governo vem realizando na Educação, no segundo semestre deste ano, será retomado o programa de alfabetização de jovens e adultos e certamente a meta estabelecida para até 2025 será cumprida", afirmou em nota.

A faixa etária com maior proporção de pessoas analfabetas no estado é a de idosos: 28,6% deles não sabem ler e escrever. Essa também é a faixa com a maior quantidade a nível nacional. Dos 9,5 milhões de analfabetos no Brasil, 5,1 milhões têm idade maior que 60 anos.

No Acre, 85,9% dos analfabetos são pretos ou pardos. Esse percentual significa 49 mil pessoas com idade acima de 15 anos. Entre os brancos, o percentual de 12,3% representa 7 mil pessoas. Entre as mulheres, a condição de alfabetismo é menor e está em 47,4%, são 27 mil pessoas sem ler e escrever.