Por Tássio Andrade , G1 SE — Aracaju


Depois de um mês, professora agredida por aluna de 14 anos desabafa sobre ataque que sofreu. Alunos filmaram parte da agressão

Depois de um mês, professora agredida por aluna de 14 anos desabafa sobre ataque que sofreu. Alunos filmaram parte da agressão

O medo é grande e a professora prefere não ser identificada, ela foi agredida na Escola Municipal General Freitas Brandão, localizada no Bairro Getúlio Vargas, zona norte de Aracaju, no fim do mês de junho. Segundo a professora, uma aluna de 14 anos não gostou de ser repreendida após falar palavrões dentro da escola.

“Ela quebrou os vidros da janela da diretoria com as próprias mãos e depois veio pra cima de mim com murros e pontapés. É um momento tão difícil, que eu não consigo lembrar dos detalhes, só que tentei sair debaixo dela e evitar as agressões”, disse a professora.

A rotina dela atualmente é acompanhada por caixas de remédios contra a síndrome do pânico e a depressão. “Não me imagino dentro de um ambiente escolar. Quando vejo um aluno fardado eu começo a tremer e suar”, desabafa a professora.

Depois da agressão, professora luta contra a síndrome do pânico e depressão — Foto: Reprodução/TV Sergipe

Os próprios estudantes filmaram a agressão e espalharam o vídeo nas redes sociais. A professora prestou boletim de ocorrência e a Secretaria de Educação do Município de Aracaju diz que acompanha a situação, a professora nega.

“Após deixar a escola eu liguei para o 190, mas como demorou, fui até a delegacia registrar o fato e depois segui para o hospital. Estive na secretaria do município e relatei o ocorrido, até agora não recebi retorno”, relata.

Manuel Prado, diretor de educação básica da secretaria municipal e educação de Aracaju — Foto: Reprodução/TV Sergipe

De acordo com Manuel Prado, diretor de educação básica da secretaria municipal e educação, uma equipe especializada foi encaminhada até a escola.

“Estive pessoalmente na unidade de ensino e recebi a professora aqui no departamento, conversamos. Tomamos todas as providências necessárias e colocamos à disposição de todos os envolvidos um conjunto de técnicos e psicólogos”, retruca.

Manuel Prado afirma que a aluna foi transferida para outra escola. “A própria família entende que ela precisa ser acompanhada. Conversamos com os pais da estudante, ela está sendo acompanhada por psicólogos”.

A professora diz que o resultando do exame de corpo de delito foi concluído e agora vai dar continuidade ao processo.

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